Que a pandemia de Covid-19 causa forte influência nos negócios, todo mundo já sabe. O Brasil tem registrado forte recuo, com importações em abril 15% abaixo em comparação ao mesmo mês do ano anterior, e redução de 5% em exportação no mesmo período . Apesar desse cenário, o Brasil está melhor que muitos países, que tiveram uma queda maior ainda no primeiro trimestre de 2020.
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Obviamente, não é possível prever como o mercado internacional responderá ao final desse ciclo devastador que todos os países estão sofrendo. Primeiro, porque algo do tipo aconteceu há quase 100 anos e, de lá para cá, muita coisa mudou, incluindo o salto gigantesco da tecnologia, a indústria 4.0 e a forma de se relacionar e fazer negócios. Segundo, exatamente porque pouquíssimas pessoas entendem o que é de fato uma pandemia, no sentido de já terem vivenciado algo parecido. A mudança de comportamento do ser humano parece ser certa, só não sabemos como os hábitos de consumo se consolidarão.
Para o comércio exterior e países exportadores, há uma grande possibilidade de demanda reprimida, o que faz gerar muitos pedidos em um curto espaço de tempo. Para o Brasil, isso é bom e ruim. Bom, porque faz gerar exportações e, com isso, movimenta a economia. Ruim, porque temos gargalos logísticos históricos, seja no meio de transporte até chegar ao porto, seja no próprio local de despacho da mercadoria. Com isso, podemos ter graves problemas de não cumprimento de prazos, o que pode comprometer a carteira futura de pedidos. Lembre-se de que a importação também deve crescer pela mesma demanda reprimida, além da temporada de safras que podem coincidir. Um grande desafio pela frente!