Desde a morte de Carl Gustav Jung em 1961, a psicologia analítica evoluiu de maneiras inovadoras, dando origem ao que é conhecido como a psicologia analítica pós-Jung.
Este campo diversificado mantém uma relação crítica com os fundamentos estabelecidos por Jung, enquanto expande e redefine conceitos para se adaptar aos desafios contemporâneos.
Neste artigo, iremos abordar como está o cenário da Psicologia Analítica após Carl Jung, que cunhou essa abordagem. Acompanhe!
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O Surgimento dos Pós-Junguianos
O termo "pós-Junguiano" foi cunhado por Andrew Samuels em 1985 para descrever a nova onda de profissionais de psicologia analítica que, embora enraizados nas ideias de Jung, mantinham uma distância crítica dessas ideias.
Samuels buscou descrever a diversidade emergente dentro da psicologia analítica, que já não podia ser facilmente classificada apenas pelas suas origens geográficas, como as escolas de Londres e Zurique.
As Três Escolas da Psicologia Analítica
- Escola Clássica
A escola clássica trabalha conscientemente na tradição de Jung, focando no conceito do self e no processo de individuação. Embora muitos associem o termo "clássico" a algo rígido, Samuels enfatiza que há espaço para evolução e inovação dentro dessa abordagem.
- Escola Desenvolvimental
Esta escola destaca os efeitos da infância e do desenvolvimento na personalidade adulta, com um forte foco na análise das dinâmicas de transferência e contratransferência no trabalho clínico.
A escola desenvolvimental mantém uma relação próxima com a psicanálise de relações objetais, embora esse relacionamento seja, em grande parte, unilateral.
- Escola Arquetípica
A escola arquetípica, influenciada por figuras como James Hillman, explora imagens e símbolos em terapia, valorizando-os em seu próprio mérito sem buscar conclusões interpretativas definitivas.
Esta abordagem sugere um aprofundamento que transforma eventos em experiências significativas.
Sobrevivência e Relevância dos Pós-Junguianos
Andrew Samuels, em seu artigo "Will the post-Jungians survive?", explora a tensão entre os junguianos e pós-junguianos. Ele questiona a necessidade de resolver essa tensão, sugerindo que ambos podem coexistir e contribuir para a evolução da psicologia analítica.
Samuels enfatiza a importância de discutir publicamente questões que normalmente são tratadas em privado pelos analistas, promovendo um debate aberto sobre o futuro da psicologia analítica.
Desafios e Oportunidades Atuais
Os pós-junguianos enfrentam o desafio de adaptar as teorias de Jung aos contextos modernos. Isso envolve abordar questões como:
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diversidade cultural;
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mudanças sociais;
- novas descobertas na neurociência.
Ao mesmo tempo, a psicologia analítica oferece uma base rica e flexível para trabalhar em áreas relacionadas, como política e ação social.
O Luto por Jung
Um aspecto crucial do desenvolvimento pós-junguiano é o processo de luto por Jung, tanto como pessoa quanto como figura teórica. Este processo permite que os analistas liberem-se de uma adesão rígida aos ensinamentos de Jung, possibilitando a criação de teorias e práticas "boas o suficiente" que são relevantes para o mundo de hoje.
Jung na Academia
A presença de Jung na academia tem crescido, com cada vez mais cursos e pesquisas dedicados à psicologia analítica. Este movimento ajuda a legitimar e expandir o campo, atraindo novas gerações de estudantes e pesquisadores interessados na abordagem junguiana.
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O campo da psicologia analítica pós-Jung continua a evoluir, oferecendo insights profundos e aplicações práticas valiosas para os desafios contemporâneos.
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