Arquitetura e Desenho Universal: Criando Espaços Acessíveis e Inclusivos

Arquitetura e Desenho Universal: Criando Espaços Acessíveis e Inclusivos

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O Desenho Universal foi um modelo de projeto arquitetônico surgido nos Estados Unidos durante a década de 1980, objetivando a promoção de ambientes e objetos acessíveis e inclusivos. Seu foco não é voltar-se exclusivamente para a acessibilidade de pessoas com deficiência, mas sim o desenvolvimento de ambientes em que todos os tipos de públicos consigam acessar livremente, sem a necessidade de adaptações a longo prazo.
 
Para saber mais sobre o Desenho Universal e o que ele abrange, continue a leitura!
 
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O que é Desenho Universal

O Desenho Universal foi idealizado pelo arquiteto Ron Mace durante a década de 1980 como uma alternativa aos projetos do período, visando maior acessibilidade para todo tipo de população - sejam crianças, idosos, pessoas com deficiência ou limitações temporárias, ou até mesmo pessoas que enfrentem alguma limitação de idioma ou linguagem.
 
Esse tipo arquitetônico compreende em si o conceito fundamental da democratização dos espaços - públicos ou privados - a partir de um design inclusivo. Com o uso democrático, todos os indivíduos que convivem em um ambiente universal têm as mesmas condições e possibilidades no uso deste espaço.
 
O projeto do Desenho Universal é realizado para que o ambiente não precise de futuras adaptações e, quando essas se fazem necessárias, são mínimas, assim estendendo a vida útil do projeto arquitetônico inicial e a usabilidade desse espaço por todo tipo de público.
 

O objetivo do Desenho Universal

Com o principal objetivo em fornecer um espaço sem a necessidade de futuras modificações, permite-se à população geral o uso de seus ambientes na totalidade. Esse tipo de projeto considera, em primeiro plano, as pessoas e suas determinadas características pessoais, idade, habilidades e necessidades, sendo capaz de trazer para o universo arquitetônico uma visão ampliada da acessibilidade e da humanização.
 

Desenho Universal na prática

O Desenho Universal pode ser colocado em prática não somente por profissionais de arquitetura, design de interiores ou engenharia, mas por toda a população quando em um âmbito pessoal e privado, como na formatação de suas próprias moradias.
 
O maior exemplo de como isso pode ser aplicado praticamente é na redução de excessos, abrindo espaços que possam obstruir passagens tais como móveis, tapetes, cadeiras e poltronas, entre outros. Ao aumentar o espaço de circulação, se promove a melhoria do aproveitamento do espaço voltado para idosos, crianças e pessoas com deficiência visual ou baixa mobilidade.
 
Outro exemplo que pode ser seguido em ambientes privados, visando otimizar o estilo de vida da população em geral, é a instalação de camas baixas e armários em uma altura regular, de fácil acesso, permitindo maior facilidade e conforto para quem estiver neste espaço de convivência.
 
Entretanto, para aplicar mudanças mais amplas e complexas, a ajuda de arquitetos e engenheiros se faz necessária para a implementação dos princípios idealizados por Ron Mace para o Desenho Universal.
 

Os princípios do Desenho Universal

Os princípios do Desenho Universal são sete e foram definidos em 1997 por Ron Mace e um grupo de arquitetos, designers e engenheiros, desenvolvidos exclusivamente visando assegurar a construção de projetos inteiramente acessíveis. São eles:
 
1) Igualidade
O projeto deve considerar em seu uso pessoas com diferentes tipos de capacidades. Tem como exemplos portas automáticas e assentos adaptáveis, favorecendo as condições e necessidades específicas de cada indivíduo.
 
2) Flexibilidade
Ao considerar a flexibilidade, considera-se também a acomodação de diferentes usos de espaços e objetos adaptáveis a todos os indivíduos, como no exemplo de caixas eletrônicos com reconhecimento visual, tátil e auditivo.
 
3) Simplicidade
O uso do ambiente deve ser simples e intuitivo, de fácil entendimento e que permita a quebra de barreiras existentes na área da linguagem e aprendizado. Um dos exemplos está em escadas rolantes, esteiras e elevadores com a implementação de placas contendo desenhos no lugar de textos.
 
4) Fácil perceptibilidade
O projeto deve ser capaz de comunicar, informar e instruir qualquer indivíduo, considerando todo tipo de indivíduo, seja a pessoa com deficiência auditiva, visual, ou mesmo estrangeiras. Tem como exemplo mapas de alto-relevo em ambientes públicos como shoppings, museus e parques ou o uso de recursos auditivos para a orientação em tais ambientes.
 
5) Segurança
Todos os projetos devem antever possíveis erros e consequências, visando proteger as pessoas de perigos eminentes. Os espaços devem ser desenvolvidos a fim de minimizar riscos e acidentes. Um exemplo é o uso de sensores em elevadores, impedindo fechamento repentino ou o uso de sensores de fumaça, para evitar cados de incêndio.
 
6) Baixo esforço físico
São idealizados objetos visando a necessidade de baixo esforço físico aqueles que evitam a fadiga e que podem ser utilizados com facilidade. Um exemplo de sua usabilidade é a maçaneta de alavanca, muito utilizada em portas de incêndio por serem de fácil acessibilidade.
 
7) Abrangência do acesso
Os espaços e objetos devem considerar todos os tipos de corpos e mobilidades, com dimensão o suficiente para acesso, alcance e uso individual. Devem ser acessíveis para diferentes tipos de pessoas, como pessoas com nanismo, obesidade, gestantes, cadeirantes, entre outros.
 
O Desenho Universal, para a arquitetura, é o projeto de espaços inclusivos e receptivos para todo tipo de pessoa, sendo de extrema importância para a promoção de um espaço humanizado e de fácil acesso e usabilidade por todos.
 

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