Comunicação com o consumidor: Qual a importância da rotulagem de alimentos?

Comunicação com o consumidor: Qual a importância da rotulagem de alimentos?

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Mais do que uma tabela com informações nutricionais, o rótulo dos alimentos pode ser descrito como uma conversa entre fabricantes e consumidores. A rotulagem vai muito além de ser uma formalidade legal, é também uma ferramenta que assegura ao consumidor o direito de escolher com consciência o que está consumindo.
 
Para conhecer mais sobre a rotulagem nutricional, sua importância e fiscalização e como deve ser desenvolvida, continue a leitura!
 
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Importância da rotulagem nutricional nos alimentos

A rotulagem nutricional é fundamental para a saúde pública pois permite que os consumidores tomem decisões informadas sobre sua alimentação, ajudando a prevenir problemas de saúde relacionados ao consumo excessivo de nutrientes como sódio, açúcar e gorduras saturadas.
 
Além disso, a rotulagem nutricional desempenha um papel crucial na proteção de grupos vulneráveis, como alérgicos, diabéticos e pessoas com restrições alimentares específicas. Informações detalhadas sobre a presença de alergênicos, como glúten ou lactose, por exemplo, acabam sendo vitais para evitar reações adversas e garantir a segurança alimentar desses consumidores.
 
Por fim, a rotulagem também contribui para a promoção do esclarecimento, permitindo uma alimentação mais saudável. Ao fornecer informações claras sobre a composição nutricional dos alimentos, os rótulos incentivam a redução do consumo de produtos ultraprocessados e o aumento da ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados, promovendo uma dieta equilibrada e sustentável.
 

O que é rótulo nutricional?

A princípio, o rótulo nutricional tem como objetivo informar ao consumidor o que se precisa saber sobre o produto (marca, validade, ingredientes e composição nutricional).
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na Resolução - RDC nº 259/2002 define o rótulo nutricional como “toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva, ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada em relevo ou litografada, ou colada sobre a embalagem do alimento”.
 

O que é obrigatório estar no rótulo?

Pela legislação brasileira, algumas informações são obrigatórias de estarem nos rótulos de alimentos embalados. Essa obrigatoriedade foi instituída pensando em garantir ao consumidor um acesso adequado aos dados essenciais sobre o produto, devendo a informação fornecida ser clara e objetiva, a fim de evitar qualquer confusão sobre a composição do alimento.
 
Outra exigência é a lista de ingredientes, que deve apresentar todos os componentes do produto em ordem decrescente de quantidade. Isso é particularmente importante para pessoas com alergias alimentares ou dietas restritivas, pois permite identificar a presença de substâncias que possam ser prejudiciais. Além disso, a identificação da origem, ou seja, o nome e endereço do fabricante, é crucial para assegurar a rastreabilidade do produto em caso de problemas de qualidade ou segurança.
 
Confira todas as informações que devem estar obrigatoriamente presentes nos rótulos, conforme a Resolução - RDC nº 259/2002:
  • Denominação de venda do alimento;
  • Lista de ingredientes;
  • Conteúdos líquidos;
  • Identificação da origem;
  • Nome ou razão social e endereço do importador, no caso de alimentos importados;
  • Identificação do lote;
  • Prazo de validade; e 
  • Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário.

O que não pode estar no rótulo nutricional?

Há também, pela Resolução - RDC nº 259/2002, algumas determinações sobre o que não pode estar presente em um rótulo nutricional em alimentos embalados, são as contraindicações:
  • Utilizar vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou outras representações gráficas que possam tornar a informação falsa, incorreta, insuficiente, ou que possa induzir o consumidor a equívoco, erro, confusão ou engano, em relação à verdadeira natureza, composição, procedência, tipo, qualidade, quantidade, validade, rendimento ou forma de uso do alimento;
  • Atribuição de efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser demonstradas;
  • Destacar a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou próprios de alimentos de igual natureza, exceto nos casos previstos em Regulamentos Técnicos específicos;
  • Ressaltar a presença de componentes que sejam adicionados como ingredientes em todos os alimentos com tecnologia de fabricação semelhante;
  • Ressaltar qualidades que possam induzir a engano com relação a reais ou supostas propriedades terapêuticas que alguns componentes ou ingredientes tenham ou possam ter quando consumidos em quantidades diferentes daquelas que se encontram no alimento ou quando consumidos sob forma farmacêutica;
  • Indicar que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas; e
  • Aconselhar o consumo do alimento como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir doenças ou com ação curativa.

Entenda como a rotulagem de alimentos é fiscalizada

A fiscalização da rotulagem de alimentos no Brasil é responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Anvisa estabelece normas rigorosas para garantir que os rótulos estejam em conformidade com a legislação e, também, que as informações fornecidas ao consumidor sejam precisas e não induzam a erro.
 
A fiscalização envolve a análise de diversos aspectos do rótulo, desde a veracidade das informações até a clareza e a legibilidade das mesmas. Isso inclui a revisão das alegações nutricionais e de saúde que possam estar presentes no rótulo, assegurando que elas sejam baseadas em evidências científicas e que não enganem o consumidor.
 
Além da Anvisa, outras entidades podem realizar inspeções e auditorias para verificar o cumprimento das normas de rotulagem. As vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, por exemplo, desempenham um papel basilar na fiscalização local, garantindo que os produtos comercializados em suas regiões estejam em conformidade com as exigências legais.
 

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A rotulagem de alimentos desempenha um papel vital na comunicação entre fabricantes e consumidores. Ela não só garante a segurança alimentar, como também promove escolhas mais saudáveis e informadas. Conhecer as normas e práticas de rotulagem é essencial para qualquer profissional da área de alimentos, entretanto, o mercado carece de profissionais especializados que consigam melhor atuar na área.
 

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