Acessibilidade é mais do que conformidade com padrões. Trata-se de desenvolver soluções para atender às necessidades de todos os usuários, com e sem deficiência.
O desenho universal, um conceito agora amplamente utilizado, proporciona um caminho para a sociedade se colocar em prática a tão sonhada inclusão.
Design Universal (UD) é uma abordagem de design que visa criar produtos, ambientes e serviços que possam ser usados pelo maior número de pessoas possível. Mas de onde veio essa ideia?
A origem do Design Universal
As raízes do UD remontam à era pós-segunda Guerra Mundial, quando soldados feridos que regressavam aos EUA enfrentavam desafios na utilização de produtos e na navegação em espaços.
Em 1961, o American National Standard Institute (ASNI) publicou seu primeiro padrão para design acessível e, nas décadas seguintes, a legislação estadual e federal transformou esses padrões em lei.
No entanto, só em 1973 é que a Lei de Reabilitação exigiu que todos os edifícios e programas financiados pelo governo federal fossem acessíveis a pessoas com deficiência.
A publicação de “Design for All” de Ronald Mace em 1985, contudo, é que realmente trouxe o verdadeiro conceito de DU para as mentes mais interessadas e engajadas.
Mace, cadeirante, foi um pioneiro na área de DU e seu livro ajudou a levar o conceito a um público mais amplo. Os sete princípios delineados no seu livro, enfatizando a importância do design para as massas, são agora a base do DU. A Lei dos Americanos Portadores de Deficiência (ADA) de 1990 fortaleceu ainda mais o mandato para espaços públicos acessíveis.
Apesar dos muitos benefícios, o Design Universal ainda é percebido como um design para deficiência. Em vez de verificar os requisitos de acessibilidade, os designers, arquitetos e construtores devem reconhecer o valor de criar ambientes verdadeiramente inclusivos.
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Princípios de Design Universal
O objetivo do Design Universal é maximizar a usabilidade por indivíduos com uma ampla variedade de características. Quer se trate de estratégias de aprendizagem ou de espaço físico, o Design Universal funciona segundo um conjunto de princípios concebidos para maximizar o acesso de todos.
Uso Equitativo
O design é útil e comercializável para pessoas com diversas habilidades. Por exemplo, um balcão ou superfície de mesa pode ser elevado ou abaixado para acomodar usuários de alturas variadas ou um indivíduo que usa cadeira de rodas.
Flexibilidade no uso
O design acomoda uma ampla gama de preferências e habilidades individuais. Por exemplo, um vídeo legendado permitirá que as pessoas escolham ouvir ou ler para compreender o conteúdo. Isto não só proporciona acesso a pessoas com deficiência auditiva, mas também acomoda aqueles que preferem não usar som ou que compreendem melhor através da leitura.
Uso simples e intuitivo
O uso do design é fácil de entender, independentemente da experiência, conhecimento, habilidades linguísticas ou nível de concentração atual do usuário. Por exemplo, um site bem organizado com títulos claros facilitará o acesso à informação.
Informação Perceptível
O design comunica as informações necessárias de forma eficaz ao usuário, independentemente das condições ambientais ou das habilidades sensoriais do usuário. Por exemplo, um vídeo inclui uma narração para pessoas com deficiência visual.
Tolerância ao erro
O projeto minimiza os perigos e as consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais. Por exemplo, um corredor está livre de objetos salientes a uma altura que não seriam detectáveis por alguém com deficiência visual que usa uma bengala.
Baixo Esforço Físico
O design pode ser usado de forma eficiente, confortável e com o mínimo de fadiga. Por exemplo, um abridor de porta automático pode facilitar o acesso a um escritório ou sala de aula.
Tamanho e espaço apropriados para abordagem e uso
Tamanho e espaço apropriados são alocados para abordagem, alcance e manipulação, independentemente das características físicas, como tamanho ou mobilidade. Por exemplo, uma sala de aula inclui uma variedade de opções de assentos, incluindo uma mesa para alguém que usa cadeira de rodas ou cadeiras mais largas para indivíduos mais altos e/ou maiores.
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