Disfagia atinge até 22% da população acima dos 50 anos

Disfagia atinge até 22% da população acima dos 50 anos

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Passado o momento de maior gravidade da pandemia de Covid, o sistema de saúde enfrenta os problemas decorrentes da contaminação pelo vírus. Uma dessas consequências é o agravamento e maior ocorrência da disfagia, doença caracterizada pela dificuldade de engolir alimentos e líquidos, a sensação de sentir a garganta “arranhar”, ou da comida ou bebida ficar “presa”  na passagem da garganta.
 
É um erro não dar a devida importância ao problema. A disfagia pode causar problemas como desnutrição, desidratação, asfixia, pneumonias aspirativas recorrentes e, nos casos mais graves, se não identificados, levar ao óbito. Há dois tipos de disfagia:
  • A Disfagia esofágica causa a sensação de alimento ou líquido parado na base da garganta depois que o paciente inicia a deglutição; 
  • A Disfagia orofaríngea causa sensação de sufocamento ou tosse ao tentar engolir. Pode ocorrer também a sensação do alimento ou líquido descer pela traqueia ou subir pelo nariz. 
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, foram realizados atendimentos a pelo menos seis mil pessoas com disfagia nos últimos cinco anos.
 
No entanto, é possível — inclusive pelo fato da doença atingir idosos, preferencialmente — que muitas pessoas não busquem o tratamento.
 
Segundo uma estimativa da Associação Americana de Fonoaudiologia, uma em cada 25 pessoas terá alguma alteração na função de deglutição ao longo da vida.
 
A Disfagia Orofaríngea — de acordo com um artigo da Médica Otorrinolaringologista, Patrícia Paula Santoro — acomete 16% a 22% da população acima de 50 anos e alcança índices de 70% a 90% com distúrbios de deglutição nas populações mais idosas. 
 
A doutora Santoro observa que “a disfagia associa-se a doenças sistêmicas ou neurológicas, acidente vascular cerebral (AVC), câncer em território de cabeça e pescoço, efeitos colaterais de medicamentos ou quadro degenerativo próprio do envelhecimento”. Aliás, estima-se que 20% a 40% dos pacientes após AVC apresentam algum tipo de disfagia.
 
Além das causas mencionadas pela doutora Santoro, a disfagia é também frequentemente associada a com traqueostomias, prematuridade e malformações congênitas orofaciais e do sistema digestivo. A disfagia também é uma das consequências da Covid-19, em pacientes que tiveram que ser intubados.
 
O atendimento ao paciente com disfagia pode ser realizado na rede de Atenção Básica. O paciente passa pela triagem e avaliação nas Unidades Básicas de Saúde ou no atendimento domiciliar.  O tratamento pode ser feito também nos hospitais municipais que realizam o atendimento no ambiente ambulatorial e nas unidades de internação em enfermarias, terapia semi-intensiva e intensiva.
 
Os profissionais responsáveis são o médico otorrinolaringologista, ou um médico gastroenterologista, que normalmente encaminham o paciente para o fonoaudiólogo.
 
Preferencialmente, o fonoaudiólogo deve ter especialização em Disfagia e Fonoaudiologia Hospitalar. 
 
Se você tem interesse nesse assunto, conheça a Pós-graduação em Disfagia e Fonoaudiologia Hospitalar ofertada pela USCS.
 
0800 767 8727 | (11) 2714-5699