A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou um material sobre a assistência nutricional de pessoas em estado crítico com coronavírus. De acordo com a publicação, o atendimento precisa ser individualizado e com base na evolução clínica diária do paciente. Confira as sugestões que deverão auxiliar o Nutricionista em seu dia a dia profissional:
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1 – O nutricionista deverá estabelecer uma comunicação com a sua equipe, caso haja restrição de fluxo de profissionais nas unidades de terapia intensiva, o guia indica que o profissional considere a resolução CFN nº 646/2020.
2 – Os pacientes com COVID-19 podem apresentar uma evolução de seu quadro, e rapidamente podem precisar da ventilação mecânica invasiva. Por isso, o nutricionista pode ser requisitado para a aplicação da terapia nutricional enteral (TNE) via sonda nasoentérica (SNE), que é indicada nos casos de intubação.
3 – A nutrição enteral precoce é indicada para pacientes hemodinamicamente compensado (com início em 24h-48h após a internação). É preciso adiar a TNE nos casos de hipoxemia, acidose ou choque refratário.
4 – Em casos onde o paciente precisa da ventilação mecânica, pode ser necessário o uso de bloqueador neuromuscular, nessa situação é indicado que esse não seja o motivo para adiar a TNE. O nutricionista precisa avaliar a possibilidade de intolerância à TNE em pacientes em sedação profunda, isso indefere se estão usando ou não os agentes bloqueadores neuromusculares.
5 – Em algumas situações pode ser necessária a utilização da oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). É sugerido que a TNE seja aplicada de forma precoce em pacientes adultos com ECMO, quando os objetivos hemodinâmicos e de perfusão forem atingidos.
6 – Nos casos graves e moderados de COVID-19, a manobra de PRONA é indicada, antes é preciso garantir o acesso da SNE. Se não houver contraindicação, o nutricionista poderá iniciar a dieta do paciente. A tolerância gastrointestinal pode ser melhorada através da SNE, em posição pós-pilórica associada ao uso de procinéticos. Caso a intolerância intestinal continue após essas ações, é melhor manter a dieta trófica, através de uma administração contínua e em bomba de infusão.
Leia o documento na íntegra: https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2020/marco/29/SUGESTOES_PARA_ASSISTENCIA_NUTRICIONAL_DE_PACIENTES_CRITICOS_COM_SARS-_COV-2__PELO_DEPARTAMENTO_DE_NUTRICAO.pdf