Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), doenças crônicas não transmissíveis representam cerca de 75% dos óbitos no Brasil, sendo o colesterol, a DPOC e a hipertensão, as doenças crônicas mais comuns no país, sendo decorrentes de estilo de vida, má alimentação, estresse e sedentarismo - aspectos muito comuns na sociedade brasileira. Considerando tais dados, tem-se a nutrição como aspecto fundamental na prevenção e tratamento destas doenças, como por exemplo a obesidade, diabete, hipertensão e doenças cardíacas, hepáticas e respiratórias.
Continue a leitura para entender como o nutricionista pode atuar no tratamento terapêutico de doenças crônicas.
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O que são doenças crônicas e como a nutrição clínica pode ajudar?
As doenças crônicas são aquelas com lento desenvolvimento e longa duração, onde muitas não possuem cura, contando apenas com cuidados paliativos. Estas podem ser categorizadas entre doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e doenças crônicas transmissíveis, sendo um dos principais causadores e agravadores os maus hábitos alimentares. São exemplos de doenças causadas pela má alimentação o colesterol alto e a hipertensão, doenças que ocupam respectivamente a primeira e a terceira colocação no ranking de doenças mais comuns no Brasil.
A partir deste contexto, a nutrição clínica assume um papel fundamental no processo terapêutico de tratamento e prevenção destas doenças, na qual grande parte delas podem ser evitadas. Além disso, o nutricionista possui um importante papel na terapêutica de pacientes que convivem com DCNTs ao orientar e implementar uma rotina de hábitos que beneficiam o corpo, uma alimentação rica que inclui frutas e legumes diversificados.
Benefícios da nutrição no tratamento de doenças crônicas
A nutrição clínica, em especial a nutrição clínica avançada, possibilita o desenvolvimento de tratamentos especializados e personalizados que, por sua vez, quando direcionados a pacientes com doenças crônicas, tendem a ser extremamente úteis. Ao considerar cada indivíduo possuidor de necessidades nutricionais únicas, o nutricionista clínico avançado consegue traçar o melhor plano alimentar considerando seu histórico médico, preferências alimentares e estilo de vida, colaborando para a eficácia do tratamento de doenças crônicas.
Além disso, a nutrição voltada para o tratamento de DCNTs auxiliam na prevenção de complicações associadas às condições médicas pois cada doença crônica tende a exigir necessidades nutricionais específicas que devem ser abordadas com dietas especializadas. Um dos exemplos é o tratamento desenvolvido para a hipertensão, onde para se manter a pressão arterial sob controle, é importante contar com uma dieta balanceada com baixo teor de sódio, por isso, a redução de sal e a priorização de alimentos ricos em fibras, minerais, frutas e hortaliças são pontos necessários a serem considerados no desenvolvimento de um plano alimentar.
A diabete, por exemplo, exige uma dieta mais restritiva que monitore os níveis glicêmicos e de colesterol, onde o nutricionista deve acompanhar, também, o peso do paciente e orientar a realização de três refeições diárias que evitem alimentos ricos em açúcar.
Por que se especializar em nutrição clínica avançada?
A necessidade por atendimentos personalizados, com dietas individualizadas, cresce à medida que a nutrição se integra mais com a medicina preventiva e o tratamento de doenças, colaborando para a importância da capacitação contínua dos profissionais de nutrição.
Ao obter conhecimentos avançados e desenvolver estudos práticos baseados em evidências, o nutricionista passa a ter mais segurança ao elaborar planos alimentares e terapêuticos personalizados, elevando a qualidade do atendimento ofertado e aumentando suas oportunidades profissionais. Portanto, uma especialização em áreas como metabolismo, dietoterapia e imunonutrição surge enquanto alternativa para o profissional que deseja aprofundar seus conhecimentos técnicos e se preparar para os desafios do mercado de trabalho.
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