O bullying é um problema tão sério em muitas escolas que, às vezes, é descrito como um problema crônico. Infelizmente, os professores pouco podem fazer para coibir um comportamento com raízes tão profundas em seus alunos.
Mas é exatamente o fato de o bullying ter motivações invisíveis à primeira ou segunda impressão que faz com que o psicopedagogo seja um dos profissionais mais indicados para lidar com esse problema.
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O termo bullying foi importado do inglês há pouco tempo e, embora tenha um equivalente na nossa língua (“bulimento”), já se tornou popular entre os brasileiros.
Para qualquer pessoa que perguntarmos, dos mais novos aos mais velhos, teremos relatos sobre intimidação e violência nas escolas, vividos por essas próprias pessoas ou por colegas.
Algumas pessoas desprezam a complexidade do assunto, tratando o bullying como se fosse “frescura” de alunos fragilizados. Mas isso é ignorar o óbvio e fechar os olhos para muitas tragédias que acontecem nas escolas em decorrência do bullying: prejuízo no rendimento escolar, abandono da escola, agressões físicas, assédio moral e sexual, difamação e suicídio.
A Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia publicou, na edição 94 do ano de 2014, um artigo especial escrito por duas professoras especialistas em Psicopedagogia, que trazia o título de O papel do psicopedagogo em relação ao bullying.
A pesquisa de Adalgisa Conceição Ferreira da Silva e Alice Maria Figueira Reis da Costa apresenta o bullying como um “vilão que permeia a educação do século XXI” e propõe que professores, especialistas, funcionários, pais e comunidade elaborem planos de ação em que valores éticos e políticos, tão esquecidos em tempos atuais onde o individualismo impera, “contribuam para que a prática do bullying venha a diminuir e até mesmo se extinguir de nossas escolas”.
O que o psicopedagogo pode fazer para coibir o bullying?
O profissional capacitado em Psicopedagogia trabalha, no contexto da prática do bullying, com a criança, a família e a escola, sensibilizando-os sobre a importância de sua conduta.
O objetivo geral do trabalho psicopedagógico, ressaltam Adalgisa da Silva e Alice da Costa no artigo já mencionado, é contribuir para a prevenção ou diminuição de dificuldades de aprendizagem, objetivando favorecer um ambiente educacional saudável que não estimule bloqueio ou limitação da aprendizagem, por meio da aplicação de métodos preventivos com os alunos, a equipe de profissionais e a família.
No contexto da prática do bullying, o psicopedagogo irá detectar os problemas já instalados e, se necessário, propor mudanças na estrutura geral da escola, na conduta de profissionais específicos e/ou encaminhar o discente a um clínico.
Há muitíssimos estudos, pesquisas e relatos de casos que mostram que a Psicopedagogia vem atuando com muito sucesso em diversas instituições e em variados contextos.
A prática do bullying não é apenas uma malcriação de alguns alunos, mas é favorecida pelo fato de os jovens estarem em fase de formação, vivenciando uma necessidade de autoafirmação e não acostumados a conviver com diferenças. Isso favorece práticas inaceitáveis de discriminação e superioridade.
O psicopedagogo é o profissional mais adequado para, no ambiente escolar, contribuir para que, mediante a incorporação de informações e o desenvolvimento de experiências, aconteçam modificações estáveis na personalidade e na dinâmica do grupo.
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