Diabulimia é o transtorno alimentar que atinge pessoas com diabetes. Nesses casos, a pessoa deixa de tomar insulina para conseguir emagrecer. Assim como em outros transtornos alimentares conhecidos, nos casos de diabulimia, também ocorrem práticas purgativas, como o uso excessivo de laxantes e de diuréticos, e os vômitos frequentes.
A diabulimia pode estar associada a outros tipos de transtornos alimentares, como a anorexia nervosa. O perigo de parar de tomar insulina diariamente reside no fato de que a pessoa que sofre com o diabetes pode ter complicações graves da doença.
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Nessas situações, é possível perceber que o paciente diminui ou para drasticamente de tomar a insulina e, mesmo assim, continua com o hábito de comer de maneira compulsiva. Assim como a anorexia e a bulimia, especialistas acreditam que a diabulimia esteja ligada a uma insatisfação com o peso corporal e com a sua própria imagem.
A rotina medicamentosa de uma pessoa diabética não é nada fácil, pois é preciso monitorar as taxas de glicemia durante o dia e preservar o hábito de uma alimentação saudável. Talvez isso cause ao paciente uma necessidade de retomada de controle da própria vida, em razão de ele sofrer um estresse psicológico e apresentar, possivelmente, problemas com a sua autoestima.
Considera-se a diabulimia uma condição perigosíssima, que pode levar o paciente a ter complicações graves do diabetes. Portanto, é preciso que a pessoa que sofre com diabetes tenha acesso a um tratamento multidisciplinar para lidar com a doença; é essencial ter apoio psiquiátrico e psicológico. Além disso, é bom ressaltar que o tratamento do diabetes deve ser feito ao longo de toda a vida, e as consequências da negligência com os cuidados podem ser irreversíveis.
Sintomas da diabulimia
• Preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal.
• Compulsão alimentar; pessoas com diabulimia costumam alternar entre fases de restrição à insulina e de consumo exagerado de alimentos.
• Uso excessivo da balança e prática desmedida de exercícios físicos.
• Perda de peso repentina e sem justificativa.
• Depressão, alterações de humor ou fadiga.
• Quadros frequentes de infecção urinária.
• Mudanças nos hábitos alimentares.
• Excesso de micção e sede persistente.
• Hipoglicemia sem motivo aparente.
• Glicemia acima de 9%.
• Aparecimento tardio dos sinais da puberdade.
É preciso que especialistas acompanhem de perto todo o processo de tratamento do diabetes de pessoas com diabulimia. Em momentos como esse, os pacientes precisam ser acolhidos de modo que os nutricionistas, os endocrinologistas e os psicólogos possam compreendê-los e não julgar sua dor.
Por se tratar de uma doença muito grave, é importante ressaltar que as chances de mortalidade em casos de diabulimia aumentam consideravelmente. Assim como a pessoa diagnosticada com a doença, é possível que familiares também precisem de acompanhamento psicológico, para aprenderem a lidar com a situação. Nesses casos, o acompanhamento médico multidisciplinar é indispensável.