Tratamento de Feridas Crônicas: Qual o papel da estomaterapia?

Tratamento de Feridas Crônicas: Qual o papel da estomaterapia?

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As feridas crônicas podem ocasionar desequilíbrios na saúde do paciente, o impedindo de realizar atividades básicas do dia-a-dia, ou mesmo se locomover. Para o cuidado destas, é requerido um tratamento especializado a ser desenvolvido por um estomaterapeuta; este especialista irá cuidar e tratar tanto de feridas crônicas, como agudas, de maneira adequada, visando uma melhor recuperação ao paciente.
 
Para conhecer os principais tratamentos de feridas crônicas, continue a leitura!
 
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Diferença entre ferida crônica e aguda

As feridas agudas ocorrem quando o processo de cicatrização não se desenvolve dentro de um período estipulado, podendo apresentar complicações. São classificadas da seguinte maneira:
  • Feridas superficiais: Presente na epiderme, derme ou hipoderme.
  • Feridas profundas: Podem atingir estruturas para além da pele, tais como músculos, articulações, cartilagens, tendões, ligamentos, ossos, entre outros.
  • Feridas abertas: Ocasiona a descontinuidade e rompimento da barreira protetora da derme - fator que aumenta os riscos infecciosos.
  • Feridas complexas: De evolução lenta, porém progressiva, podem se tornar crônicas a depender do cuidado para com a ferida.
Quando o processo de cicatrização passa de 6 meses, especialistas passam a considerar a mesma enquanto crônica, podendo estas se associar a doenças pré-existentes, a exemplo da diabete. As feridas crônicas são conhecidas, também, como lesões por pressão, que compreendem as úlceras por pressão, e correm o risco de não se fecharem caso o motivo causal não seja tratado.
 

Cuidados com feridas crônicas

Quando o paciente apresenta alguma ferida crônica, o profissional de saúde precisa desenvolver o manejo adequado para com a lesão, devendo realizar, em princípio, uma anamnese detalhada que leve em consideração os seguintes aspectos do paciente:
  • Histórico de saúde;
  • Limitações;
  • Comorbidades e condições pré-existentes de saúde;
  • Medicações de uso contínuo;
  • Estado biopsicossocial e situação econômica;
  • Hábitos alimentares e possíveis alergias alimentícias;
  • Condições de mobilidade;
  • Rede de apoio familiar;
  • Entre outros.
Após a coleta de tais dados, o profissional de saúde deve proceder com o exame físico, podendo ser generalista em primeira instância e, em seguida, focalizado na averiguação da ferida, analisando suas características como extensão, profundidade, estado do tecido, coloração e rigidez.
 
Deste modo, o especialista em feridas consegue desenvolver a melhor prática terapêutica para atender as necessidades do paciente, aumentando as chances de obter sucesso no tratamento.
 

Tratamentos de feridas crônicas

O tratamento de feridas crônicas tem como objetivo não apenas tratar, de fato, a ferida, mas eliminar, ou ao menos minimizar, os efeitos da doença, atuando sobre os fatores que interferem de forma negativa sobre a cicatrização, onde o profissional especialista age em razão de melhorar os hábitos de vida do paciente, para que este seja mais saudável, trazendo benefícios para uma cicatrização eficaz e rápida.
 
Visando o tratamento direto da ferida crônica, confira algumas das abordagens a serem seguidas pelo profissional de saúde:
 
1) Higiene e limpeza
Para a higiene adequada da ferida, é recomendado a utilização de soro fisiológico 0,9% aquecido, a ser aplicado em jatos com o auxílio de uma agulha, para haver boa irrigação.
 
2) Remoção de tecido desvitalizado
É importante remover o tecido desvitalizado pois o mesmo retarda o processo de cicatrização. Para isso, recomenda-se o desbridamento autolítico, enzimático, instrumental ou cirúrgico - a depender do estado da lesão.
 
3) Cobertura
Após o processo da limpeza, é importante escolher o método adequado para a cobertura da ferida a fim de evitar a piora da lesão, dores, necrose da pele, maceração das bordas da ferida e extensão da parte lesionada. As coberturas mais utilizadas por profissionais de enfermagem são os ácidos graxos essenciais, hidrofibra com prata, alginato de cálcio sem prata ou com prata, carvão ativado com prata, sulfadiazina de prata, hidrogel, papaína, curativo ou pasta de hidrocoloide, bota de unna, membranas de celulose ou filmes.
 
4) Troca do curativo
O período de troca da cobertura é variável, dependendo tanto do tipo de cobertura utilizado anteriormente, quanto do estado da ferida.
 

O papel da Estomaterapia

A Estomaterapia é uma área de especialidade dentro da enfermagem que possui um papel fundamental no cuidado de pacientes com estomias - aberturas artificiais no corpo humano com a funcionalidade de eliminar excreções -, feridas crônicas e outras lesões de pele, e incontinências. O estomaterapeuta é responsável por assegurar a recuperação e qualidade de vida dos pacientes afetados pois, além de prevenir complicações, promovendo a cicatrização das lesões, também oferece suporte psicológico ao paciente ostomizado, portador de feridas agudas e crônicas, fístulas ou incontinências anal e urinária. 
 

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  • Demarcação de estomas;
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