Em Abril de 2022 o IBGE informou que as despesas com saúde em 2019 representaram 9,6% do PIB, ou seja, R$ 711,4 bilhões. A maior parte dos gastos foi paga pelas famílias e por instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias — um gasto que superou os 400 bilhões de reais.
Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a despesa per capita com o consumo de bens e serviços de saúde de famílias e instituições sem fins lucrativos alcançou R$ 2.035,60 — fazendo com que os gastos com saúde sejam a principal despesa das famílias.
Como destacou uma reportagem do G1 a partir de dados do IBGE, as despesas das famílias com saúde cresceram mais que a despesa do governo. A reportagem ainda mostrou que a maior parte dos gastos é com planos de saúde e médicos.
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Os altos gastos das famílias com saúde são uma das principais razões do alto endividamento das famílias. Como mostrou o G1, o endividamento e a inadimplência das famílias são os maiores em 12 anos.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, 8 em cada 10 famílias têm dívidas e 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas.
Essa situação torna urgente a formação de profissionais da área da saúde que queiram trabalhar com o foco voltado para saúde da família.
Iniciativas dos órgãos públicos têm incentivado os profissionais da área da saúde a aplicar práticas de ações preventivas e desenvolvimento de atenção básica à saúde das famílias brasileiras. O investimento é justificado porque é mais eficiente e barato trabalhar a prevenção do que na cura de doenças.
Não se trata apenas de uma preocupação com a saúde da família, mas também com os gastos públicos que são maiores no tratamento de doenças.
A pressão para redução dos gastos públicos é um dos principais fatores que têm feito com que a administração pública passe a exigir qualificação dos profissionais que trabalham com programas de saúde da família.
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