“Tenho visto as pessoas tornarem-se frequentemente neuróticas quando se contentam com respostas erradas ou inadequadas para as questões da vida. Elas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo ou dinheiro, e continuam infelizes e neuróticas mesmo depois de terem alcançado aquilo que tinham buscado. Essas pessoas encontram-se em geral confinadas a horizontes espirituais muito limitados. Sua vida não tem conteúdo ou significado suficientes. Se tem condições para ampliar e desenvolver personalidades mais abrangentes, sua neurose costuma desaparecer” — essa fala de Carl Gustav Jung deixa implícito um dos objetivos de sua obra: libertar as pessoas do confinamento de horizontes espirituais limitados ajudando-as a desenvolver personalidades mais abrangentes.
Essa é uma das razões que levam o professor Waldemar Magaldi Filho afirmar que “os estudos e a prática da Psicologia Analítica de C. G. Jung, sem exceção, devem incluir e contemplarcontemplarem em suas aulas teóricas e práticas tanto a dimensão espiritual quanto a religiosidade”.
Leia também:
Waldemar Magaldi — psicólogo, mestre e doutor em ciências da religião — argumenta que, tanto a dimensão espiritualista quanto a religiosidade são necessárias à abordagem junguiana porque negam a visão estritamente materialista, incentivam a crença na continuidade da vida após a morte e, no caso específico da religiosidade, contribuem para que aconteça a religação ao si mesmo.
Jung chegou a associar o Self com a imago Dei — a imagem de Deus em nós — e assim, diz o Dr. Magaldi, estimulou e estabeleceu a relação do ego com o Self, que é a base do processo de individuação.
É importante destacar que a individuação é um processo teleológico; ou seja, compreende a existência humana como dotada de uma finalidade — mesmo que inconsciente e distante da realidade cotidiana, mas inseparavelmente instalada nas profundezas do inconsciente de cada um.
Sendo assim, “a individuação é a capacidade que todo indivíduo tem, por meio do caminho de diferenciação, separação e integração, sair da uniformidade rasa e alienante da normose coletiva em direção e uma busca simultânea de profundidade e expansão evolutiva” — escreve o Dr. Waldemar Magaldi em um artigo para o Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa.
Como vemos no começo desse texto, o próprio Jung admitiu que a maneira de desenvolver uma personalidade mais abrangente é libertando dos horizontes espirituais muito limitados.
Logo, não é possível conceber a obra junguiana alijando-a da dimensão religiosa ou espiritualista.
Isso também se vê numa declaração do psiquiatra e psicoterapeuta suíço: “meu trabalho provou empiricamente que o “padrão de Deus” existe em cada homem, e que esse padrão (pattern) é a maior energia transformadora de que a vida é capaz de dispor ao indivíduo. Encontre esse padrão em você mesmo e a vida será transformada”.
Em um país com uma imensa busca pela espiritualidade desde sempre — como ressalta um artigo publicado no portal Terra — esse aspecto da obra junguiana reveste-se de importância especial.
Se você tem interesse nesse assunto, conheça a pós-graduação em Psicologia Analítica: Abordagem Junguiana da USCS.
A alquimia dentro da Psicologia Analítica Junguiana nos ensina que é possível transformar nossas emoções e pensamentos negativos em algo positivo e construtivo. Para isso, precisamos enfrentar nossos medos e angústias, aceitar nossas emoções e buscar o equilíbrio emocional.
Pensando nisso preparamos uma super aula sobre - Entendendo a alquimia da alma para transformar o presente, assista agora clicando no vídeo abaixo:
Desvende os mistérios da alquimia e do inconsciente humano com a Pós USCS!
E, felizmente, você pode ajudar a conduzir seus pacientes ao autoconhecimento com qualidade, especializando-se na Pós-graduação em Psicologia Analítica: Abordagem Junguiana na USCS!
Inscreva-se agora mesmo e ajude a transformar vidas!