As Redes Sociais e a Construção da Identidade: Como a Geração Z se define na Era Digital

As Redes Sociais e a Construção da Identidade: Como a Geração Z se define na Era Digital

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Nascidos entre 1995 e 2010, a Geração Z compreende um grupo de indivíduos digitalmente engajados. Em pesquisa, foi constatado que grande parte dos entrevistados consideram as redes sociais agravantes negativos para a saúde mental, sendo o uso constante de smartphones o grande contribuinte deste fator. Entretanto, o maior problema não reside nas tecnologias e sim no uso exagerado de tal e em como impactam diretamente na construção da identidade e no reflexo que têm nas interações sociais.
 
Continue a leitura para entender sobre os impactos sociais, emocionais e culturais dessa questão com maior profundidade.
 
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O que é Geração Z?

A Geração Z, conhecida também como “Zoomers”, é compreendida pelo grupo de pessoas nascidas entre os anos de 1995 e 2010, logo, são precedentes dos Millennials e antecedentes da Geração Alfa. É considerada a primeira geração de “nativos digitais”, isto é, cresceram junto da popularização da internet, logo, as grandes redes sociais foram se formando conforme esta geração de pessoas amadurecia.
 
Em detrimento do domínio das novas tecnologias e da urgência por interação social que as redes causam no usuário, o tempo passa a ser vivenciado de uma maneira diferente, onde muitas atividades podem ser exercidas simultaneamente, principalmente nas redes sociais onde se é possibilitado que o indivíduo acesse diversas redes, se inteirando de vários grupos e realidades ao mesmo tempo.
 
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ‘Gen Z’ representa mais de um quinto da população e, por serem grandes usuários de mídias sociais, acabam sendo diretamente afetados por estas em seu modo comportamental e mental.
 

A influência das redes sociais

Na atualidade, há uma multiplicidade latente de redes disponíveis para uso que possibilitam a interatividade virtual, desta forma, a velocidade com a qual a informação chega às pessoas está cada vez maior. Quanto maior o nível de informações compartilhadas, mais as mídias sociais tendem a influenciar no comportamento dos indivíduos, em especial os da Geração Z, crescidos na Era Digital.
 
Em pesquisa desenvolvida pelo Creatopy, de Julho de 2022, foi constatado os seguintes dados indicativos de tempo de uso das redes sociais pela Geração Z:
  • 42,1% dos Zoomers passam entre uma e três horas conectados;
  • 30,8% dos indivíduos gastam entre três e cinco horas nas redes;
  • 16,5% responderam que passam mais de cinco horas nas mídias sociais; e
  • Apenas 10,7% ficam menos de uma hora conectados.
Com o uso expressivo das mídias sociais, essa geração acaba orientada por números, sejam de curtidas, “repostagens”, número de seguidores ou afins; tais redes acabam sendo formadoras de opiniões e personalidades. Os indivíduos se tornam dependentes da internet, buscando constantemente por valorização por parte dos outros, bem como por uma aprovação invisível - que existe somente no ambiente virtual. 
 

O impacto das redes sociais na saúde mental

Por terem crescido em um ambiente virtualizado, onde são constantemente avaliados e julgados, os Zoomers passaram a desenvolver inseguranças e problemas de autoestima, o que contribui para com o surgimento de transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. Ao estarem diretamente expostos a padrões estéticos e de estilo de vida irreais, a Geração Z se torna extremamente autocrítica, o que pode levar a um sentimento de inadequação e comparação social.
 
Apesar de tais meios de comunicação terem como aspecto positivo a comunicação fácil e ágil, o uso constante de redes sociais também acaba impactando de forma negativa nas relações sociais dos indivíduos, os tornando mais reclusos ao mundo desvirtualizado, podendo ocasionar no isolamento social, sedentarismo e também acarretar dificuldades em estabelecer relações sociais.
 
Quando o vício aparece e não é tratado, o indivíduo pode se sentir angustiado quando não está conectado. Em pesquisa a nível global, realizada pelo McKinsey Health Institute (MHI) em 2022, foi constatado que, de mais de 42 mil pessoas da Gen Z, em 26 países diferentes, a grande maioria sente medo de perder algo quando se encontra desconectada - especialistas denominaram tal fenômeno de “FOMO”, do inglês “Fear of Missing Out” (trad.: “medo de perder alguma coisa”. Portanto, concluiu-se que, quanto ao uso excessivo das redes sociais, a Geração Z vivencia mais malefícios do que benefícios.
 

Entenda as mudanças do comportamento humano enquanto sociedade

Por outro lado, em um mundo pós-pandêmico, a Gen Z por ser grande afetada pelas mazelas das redes sociais, tem aparecido como grande precursora do movimento que dá fim ao conceito “Instagramável”, que dizia respeito ao desejo de mostrar uma vida perfeita para as redes sociais. Desta forma, indiretamente, acabam por contribuir com o combate aos danos à saúde mental.
 
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