As crianças são vistas e respeitadas como cidadãos – ou seja, sujeitos de direitos, capazes e atuantes em seus processos de aprendizagens. É por meio das relações com os outros e com os recursos disponibilizados pelos adultos que as crianças podem experimentar, testar, tentar, relacionar, enfim, podem aprender por meio daquilo que fazem e realizam.
As cem linguagens da criança
As crianças têm diversas formas de se expressar, comunicar-se, produzir, brincar e criar. Ao afirmar que, simbolicamente, elas têm cem linguagens, a abordagem de Reggio Emilia confirma a valorização das múltiplas formas de expressão e pensamento, sem prevalência ou preferência por alguma delas. Mais uma vez, as crianças são respeitadas em sua unicidade, e valorizadas na forma como se relacionam e comunicam com o mundo.
Participação
Na abordagem, crianças, professores e famílias ocupam papéis centrais e de igual importância no projeto educativo. Dada a histórica participação da comunidade na construção e manutenção da escolas infantis, são mantidos até os dias atuais estratégias de aproximação, seja por meio de reuniões de sessão (o que seria equivalente, em nossa cultura, à reunião de pais com a professora da classe), como conselhos família-escola, abertos não apenas aos pais, mas também aos cidadãos interessados em participar. Cada conselho tem um representante, que faz parte do interconselho cidadão, reunindo então representantes de todas as escolas com o poder público da cidade.
A escuta
Com a certeza de que as crianças são capazes de participar ativamente da construção de seus processos de aprendizagem, e que o fazem de múltiplas formas, o processo de escuta passa a ser um ponto central de abordagem. E, quando falamos de escuta, não nos referimos apenas ao ouvir, mas ao estar disponível a perceber as sutilezas da comunicação das crianças feitas por essa centena de formas. Estar atento e interessado pelo o que as crianças fazem, dizem, brincam, constroem – isso representa ter uma escuta ativa, parte do projeto educativo.
Aprendizagem como construção subjetiva e de grupo
Em Reggio Emilia, acredita-se numa pedagogia das relações. A forma como os professores se relacionam com as crianças, as propostas de investigação prioritariamente em pequenos grupos, a criação de ambientes e a escolha de materiais são todos aspectos de grande relevância para que sejam criados contextos significativos e relevantes para pesquisa e aprendizado pelas crianças.
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