O setor da educação no Brasil passa por uma defasagem contínua. São tantos problemas que fica difícil listá-los. Os professores são um dos grupos mais afetados diante disso tudo, já que eles estão na linha de frente do cotidiano escolar. Segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o país que remunera pior os professores, comparado aos 40 países e sub-regiões que compõem o órgão.
O estudo foi dividido em etapas do ciclo educacional, com exceção da educação infantil. Os professores são a classe que recebe menos em todas as categorias. Em média, é pago ao professor brasileiro de instituições públicas cerca de 13.971 dólares por ano, valor abaixo da média de outros países, os quais não consideram as etapas como um critério para a definição de valor salarial.
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Entre os membros da OCDE, Luxemburgo ocupa a primeira posição da lista, remunerando em cerca de 70.192 mil dólares anuais os professores da rede pública de ensino. A diferença é discrepante e muito nos faz refletir sobre o valor social que o professor tem no Brasil.
Além disso, o estudo chamou a atenção para questões relacionadas aos recursos destinados para as escolas e às condições de trabalho, já que nesses quesitos o Brasil decepcionou mais uma vez. Com os índices baixíssimos de investimentos em vários fatores essenciais para a oferta de uma educação eficiente, o professor fica à mercê da desvalorização e de uma educação cada vez mais precária.