O mês de dezembro se volta para a conscientização e prevenção do câncer de pele, onde, através de diversas ações fomentadas pelo ‘Dezembro Laranja’, enfatiza-se a importância de um cuidado especializado e de alerta sobre o câncer mais comum e de maior ocorrência no Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Brasil é o segundo país com maior incidência de câncer de pele, com cerca de 185 mil casos da doença registrados anualmente, além de representar 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil.
Continue a leitura e saiba mais sobre o câncer de pele e como se prevenir.
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O que é o Dezembro Laranja e por que ele é tão importante?
O Dezembro Laranja foi uma iniciativa que surgiu em 2014, tendo como principal objetivo a conscientização da população sobre o câncer de pele e seus principais fatores de risco, tais como a exposição solar excessiva, histórico familiar, queimaduras solares, envelhecimento, pessoas com pele, olhos e cabelos claros, entre outros.
O mês destaca a importância de um diagnóstico precoce para o câncer de pele pois, na atualidade, são inúmeros os tratamentos para esta doença a depender do tipo de câncer e de sua extensão e gravidade. Quando em estágios iniciais, onde apenas a camada mais superficial da pele é atingida, são maiores as probabilidades de cura, porém, em estágios avançados, cuja lesão se apresenta mais profundamente, há a chance de o câncer se espalhar para outros órgãos causando metástase, além de dificultar as probabilidades de cura.
Sinais de Câncer de Pele: O que o enfermeiro deve saber para identificar precocemente e orientar pacientes
O câncer de pele ocorre em razão do crescimento de células que formam as diferentes camadas da pele, ocorrendo de forma anormal e descontrolada. Segundo dados levantados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), referentes ao ano de 2019 e 2020, foram contabilizados 176.930 novos casos de câncer de pele no Brasil e 2.616 óbitos em razão desta doença.
O câncer de pele se divide em três categorias, sendo elas o carcinoma basocelular, que possui um aspecto elevado e brilhante, podendo se apresentar com tons avermelhados e com pequenos vasos de sangue; o carcinoma espinocelular, sendo o mais agressivo e cuja aparência se da em formato de ferida que não cicatriza, além de crescer rapidamente e se associar a sintomas como descamação, coceira e secreção; e, por último, o melanoma cutâneo, que se trata do tipo mais agressivo de câncer de pele.
O melanoma cutâneo costuma aparecer através de uma pinta ou sinal, com cor mais acastanhada e que, com o passar do tempo, tende a crescer e mudar de cor, podendo causar dor ou sangramento. O melanoma costuma surgir em áreas de difícil visualização, tais como pernas, tronco, pescoço e rosto. Este tipo de câncer tende a afetar pessoas na faixa etária entre 30 a 40 anos. Apesar de serem menos frequentes, sua taxa de letalidade é maior.
O papel do enfermeiro no tratamento e acompanhamento do paciente com câncer de pele
O papel da enfermagem junto ao paciente com câncer de pele é essencial pois esses profissionais atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento desta doença. Ao assumirem a linha de frente da prevenção, os enfermeiros conseguem disseminar mais informação sobre métodos de prevenção ao câncer de pele colaborando para uma sociedade mais saudável.
Além disso, estes profissionais também podem atuar de forma direta no tratamento de pacientes em estágios mais avançados pois, com a profissionalização certa, conseguem auxiliar na realização de curativos adequados para feridas neoplásicas malignas que tendem a surgir no local onde o câncer está alocado.
Assim, o acompanhamento do tratamento e troca de curativos com o auxílio de uma equipe de enfermagem especializada se faz de extrema importância. Os enfermeiros conseguem fornecer orientações adequadas sobre a necessidade de mudança de curativos, bem como são capacitados para acompanhar alterações que possam ocorrer na pele do paciente, sejam decorridas do próprio câncer, ou mesmo de tratamentos mais agressivos como a radioterapia e a quimioterapia.
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