Dezembro Vermelho: Brasil amplia diagnóstico de HIV e conquista meta da ONU

Dezembro Vermelho: Brasil amplia diagnóstico de HIV e conquista meta da ONU

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A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu metas globais de combate ao AIDS, compreendendo-o como um problema de saúde pública. As metas definidas para os países é que 95% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, 95% destes indivíduos estejam em tratamento antirretroviral e, que destes em tratamento, 95% estejam em supressão viral, isto é, que não transmitam mais o vírus do HIV.
 
O Brasil atingiu o cumprimento de duas destas metas, atingindo 96% da população que vive com HIV no país diagnosticada, onde 95% destas estão em supressão viral, porém, apenas 82% destes infectados estão em tratamento antirretroviral. Segundo o Ministério da Saúde, tais metas foram atingiras devido à expansão da oferta de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) entretanto, ainda aponta que um dos desafios presentes será o de revincular pacientes que interromperam o tratamento ou que foram abandonados pela saúde pública.
 
Continue a leitura e saiba mais sobre o HIV e a AIDS.
 
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Qual a diferença entre HIV e AIDS?

Os principais sintomas de infecção pelo vírus da HIV são a febre constante, manchas na pele, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares e ínguas na região do pescoço, axilas ou virilha, sendo, em um estágio inicial leves, podendo ser confundidos com um mal-estar momentâneo ou com um resfriado. Quando o tratamento não é iniciado precocemente, o HIV passa a comprometer o sistema imunológico do indivíduo.
 
Em oposição ao HIV, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, popularmente conhecida como AIDS, tende a levar o paciente à perda progressiva da imunidade e, quanto mais a doença avança, mais seu organismo fica fragilizado, não permitindo ao organismo desenvolver a defesa contra maiores infecções.
 
É importante se ater que, segundo o Ministério da Saúde, o HIV não evolui necessariamente para a AIDS pois o vírus pode permanecer no organismo sem que seja sintomático ou que apresente manifestações da doença. Outro ponto ressaltado é de que o tratamento antirretroviral, responsável por impedir o processo de replicação do vírus, possibilita aos indivíduos levarem uma vida normal, podendo até mesmo tornar o vírus inativo no corpo humano.
 

HIV/AIDS no Brasil e no mundo

As estatísticas globais do HIV, segundo o programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), apontaram que em 2023 cerca de 39,9 milhões de pessoas no mundo estavam vivendo com a doença viral e, neste mesmo ano, em média 1,3 milhão de pessoas foram diagnosticadas com o HIV. Já quanto a óbitos, foram registrados mais de 630 mil relacionados à AIDS.
 
No Brasil, segundo dados levantados pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, mais de um milhão de pessoas vivem com HIV e, somente em 2022, houveram mais de 16,7 mil casos de infecção pela doença registrados. A maior concentração de casos desta doença ocorre entre jovens de 25 a 39 anos, sendo 52,4% em indivíduos do sexo masculino e 48,4% em indivíduos do sexo feminino.
 
Ainda, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, do Ministério da Saúde e do UNAIDS, a estimativa é de que a cada 15 minutos uma pessoa é infectada pelo vírus do HIV no Brasil e sete pessoas morrem por dia em decorrência desta doença. Em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), o Ministério da Saúde impôs a meta de erradicar a AIDS e a transmissão do HIV até o ano de 2027, além de reduzir em 50% a mortalidade pela doença no país.
 

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

No dia 1 de dezembro é celebrado o Dia Mundial da Luta Conta a AIDS - uma data que se volta para a conscientização em escala global sobre o impacto desta doença na saúde e mortalidade populacional, bem como atua em combate ao preconceito, desinformação e estigma sobre a doença.
 
A data foi instituída em 1988, um ano após a 3ª Conferência Internacional de Aids, em Washington (EUA), onde mais de 200 mil pessoas participaram do lado de fora do evento pedindo para serem ouvidas pela comunidade científica e pelo mundo pois, até o presente momento, a doença ainda era um grande tabu.
 
Somente em 27 de outubro, a Assembleia Geral da ONU, junto da Organização Mundial da Saúde, se uniram para instituir o dia 1º de dezembro como data oficial do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Tal data foi escolhida pois a descoberta do vírus causador da doença, o HIV, havia ocorrido 5 anos antes. Até tal período, foram registrados mais de 38 mil óbitos pela doença e 65,7 mil diagnósticos - fatores que reforçavam a necessidade da criação de uma data que unisse esforços para o combate da doença.
 
Além disso, com a instituição da data visando a luta contra a AIDS, inicia-se o Dezembro Vermelho - um mês onde diversas instituições se unem globalmente para difundir campanhas de informações sobre a doença, apontando a necessidade de se manter exames de rotina, buscando prevenir a doença ou, ao menos, identificá-la precocemente.
 

O papel da enfermagem no combate à AIDS

O papel da enfermagem no combate à AIDS e ao HIV é essencial pois esses profissionais atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento desta doença. Ao assumirem a linha de frente da prevenção, os enfermeiros conseguem disseminar mais informação sobre métodos de prevenção da infecção pelo HIV, colaborando para uma sociedade mais saudável. Além disso, estes profissionais também podem contribuir para a pesquisa, desenvolvimento de políticas públicas de saúde e defesa dos direitos de pessoas infectadas pelo vírus.
 
Dentre sua atuação na frente preventiva, o enfermeiro, por estar presente durante todo o processo de avaliação do paciente e estar mais próximo do mesmo, é o responsável por indicar métodos de prevenção adequados, como por exemplo atuar na orientação e indicação de:
  • Realização de testagens rápidas de HIV, facilitando um diagnóstico precoce;
  • Camisinhas para prevenir não apenas a infecção pelo HIV, mas também outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs); e
  • Medicamentos profiláticos como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que se trata de uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina) e que reduz em mais de 90% as chances do indivíduo se infectar quando exposto ao HIV.
Além disso, uma vez que o paciente é diagnosticado com HIV ou AIDS, o enfermeiro é o principal agente na oferta de acolhimento deste, orientando sobre a importância em manter um cuidado constante para que possa manter um estilo de vida mais saudável.
 

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