Dieta para paciente renal em hemodiálise: O que comer e o que evitar?

Dieta para paciente renal em hemodiálise: O que comer e o que evitar?

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A doença renal é caracterizada pelo mau funcionamento dos rins ou mesmo quando estes não funcionam, logo, substâncias como potássio, fósforo, ureia, sódio e água tendem a se acumular no sangue, podendo tal acúmulo apresentar grave risco à vida do paciente.
 
O paciente com doença renal, em razão de seus rins não conseguirem eliminar os restos de alimentos digeridos de forma adequada, necessitam de um cuidado especializado orientado por um nutricionista pois, a alimentação é fundamental no tratamento desta doença, para que assim o indivíduo receba os nutrientes necessários em quantidades adequadas para o mantimento de um bom estado nutricional. 
 
Continue a leitura e saiba quais alimentos o paciente renal deve evitar.
 
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O que o paciente em Diálise deve evitar?

Durante o período da diálise, o paciente deve seguir orientações específicas quanto à alimentação pois ela será fundamental no tratamento da doença, visando fornecer ao indivíduo os nutrientes necessários para que mantenha um estado nutricional adequado. A dieta do paciente renal, entretanto, acaba por ser restritiva e específica, considerando o paciente e seu quadro únicos.
 
O principal objetivo das dietas durante o período de diálise deve ser o de minimizar sintomas urêmicos (expressos em náuseas, fraqueza e perda de apetite), retardar o progresso da doença e manter o bom estado nutricional do paciente. Para isso, realiza-se um tratamento especializado que visa restringir o consumo de proteínas, além da restrição parcial de alimentos ricos em fósforo e potássio.
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, visando ingerir a quantidade adequada de proteína, porém, controlando a quantidade de fósforo, indica-se que o paciente deve evitar os alimentos:
  • Queijos;
  • Miúdos, como moela, fígado e coração;
  • Embutidos, como salsicha, linguiça e presunto;
  • Oleaginosas, como amendoim, castanhas e nozes;
  • Chocolates em geral;
  • Refrigerantes a base de cola, como Coca-coa e Pepsi;
  • Cervejas;
  • Frutos-do-mar;
  • Peixes, como sardinha, bacalhau e atum;
  • Gema de ovo; e
  • Alimentos industrializados com conservantes.
Já para evitar e controlar a quantidade de potássio, a Sociedade Brasileira de Nefrologia indica o preparo de verduras e legumes cozidos nas principais refeições. Outro ponto reforçado pela entidade é para que o paciente não consuma carambola e nem consuma o suco natural da fruta pois ela contém uma substância altamente tóxica para portadores de doença renal.
 
É importante o acompanhamento com um nutricionista especializado pois os valores de fósforo, potássio e paratormônio serão a base indicativa para o tipo de dieta a ser seguida pelo paciente.
 

Consumo de líquidos

Como o paciente renal não consegue filtrar o sangue para a remoção de toxinas, o excesso de líquidos para este indivíduo pode acarretar graves consequências, entre elas, o paciente pode desenvolver água no pulmão, falta de ar e aumento da pressão arterial.
 
É importante mencionar que líquido não se restringe apenas à água, mas também está presente em leite, sucos, chás, café, refrigerantes, frutas, verduras e legumes, logo, a quantidade de líquidos a ser ingerida por dia deve ser dosada. É sabido que todo alimento possui certa quantidade de água, logo, sempre haverá um balanço positivo na quantidade consumida, entretanto, tal valor não acarreta maiores problemas pois a diálise é realizada a cada dois dias.
 
A contagem que o paciente deve realizar para saber o quanto de água pode ingerir deve ser calculado considerando 500 mL + volume de urina em 24 horas. Assim, se o volume de urina de uma pessoa é de 300 mL em um período de 24 horas, ela pode ingerir 500 mL + 300 mL, isto é, 800 mL de água no total. Porém, em casos onde o paciente não urina, o limite é de 500 mL de água total.
 
É extremamente difícil para pacientes em início de tratamento a regulagem do consumo de líquidos pois a dieta do brasileiro tende a ser rica em sal, o que pode desencadear o aumento da sede, fazendo com que o paciente sinta maior necessidade de ingerir líquidos. São algumas dicas para o controle do consumo de líquidos:
  • Limitar o consumo de sal na alimentação;
  • Ingerir água em copos pequenos;
  • Evitar refrigerantes e bebidas ricas em açúcar; e
  • Manter a boca úmida, porém evitando o consumo da água.
É importante que o paciente saiba restringir o consumo de líquidos da maneira adequada, para isso, o indivíduo deve contar com o auxílio de um nutricionista especializado, que o ajudará não somente na dosagem de líquidos, mas na elaboração de dietas específicas que irão considerar seus exames e estado clínico.
 

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