A pós-graduação da USCS em Fisioterapia Hospitalar e Emergência foi pensada para preparar um fisioterapeuta especialista para atuar em um hospital nas suas mais diversas áreas. Umas das áreas mais cruciais no atendimento ao paciente é exatamente a Emergência, daí a ênfase colocada até mesmo no nome do curso.
Muitos problemas poderiam ter sido evitados se pacientes com alterações biológicas e físicas que apresentam risco de vida fossem avaliados por um fisioterapeuta ao dar entrada na Emergência.
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Embora muitos reconheçam que o profissional de Fisioterapia é uma figura essencial em unidades de emergência, o campo ainda é muito pouco explorado pelos profissionais — e a grande maioria das emergências ainda não têm um Fisioterapeuta em seus quadros.
Fisioterapeuta na Emergência: uma necessidade reconhecida em Lei
No começo de 2019 o COFFITO publicou a resolução que “reconhece a atuação do fisioterapeuta na assistência à Saúde em unidades de Emergência e Urgência, assegurando, assim, mais um espaço de inserção da profissão”.
Mais do que um direito do profissional, a atuação do fisioterapeuta nas unidades de urgência e emergência é um direito que visa a proteção da saúde do cidadão.
A edição da resolução levou em consideração o escopo de atuação e atribuições da profissão, tais como uso da ventilação mecânica invasiva, da oxigenoterapia e da ventilação mecânica não invasiva. O exercício do fisioterapeuta neste campo conta, também, com o respaldo do Ministério da Saúde, que lista a profissão em suas normas relacionadas aos serviços de urgência e emergência — COFFITO.
O escopo de atuação e as atribuições do fisioterapeuta — como o uso da ventilação mecânica invasiva, da oxigenoterapia e da ventilação mecânica não invasiva — respondem a pergunta-título deste texto: Sim. É importante ter um fisioterapeuta nas unidades de emergência.
O fisioterapeuta e especialista em Cinesioterapia Avançada, Leonardo Gasperini, escreveu um artigo em que reuniu vários argumentos e estudos que mostram como “o fisioterapeuta é uma excelente aquisição profissional para a equipe cada vez mais multidisciplinar da emergência”. Ele também descreve as principais atribuições do fisioterapeuta numa unidade de Emergência:
- “dar suporte rápido e eficiente para disfunções cardiorrespiratórias, principalmente nas primeiras horas”;
- “fornecer tratamento precoce de patologias agudas e crônicas, das comorbidades e das complicações funcionais do paciente”;
- fazer “ventilação mecânica invasiva ou não invasiva, cuidados com as vias aéreas durante a parada cardiorrespiratória”;
- auxiliar “na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à prótese (tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia) até a evolução do paciente, interrupção e desmame do suporte ventilatório”;
- Durante a PCR, "o fisioterapeuta atua tanto na identificação dos ritmos ou ausência de pulso e inicia imediatamente as compressões torácicas até a chegada dos demais profissionais e em seguida assume o suporte ventilatório com a bolsa-válvula-máscara (conhecido popularmente por ambu®), acoplando a máscara na região da boca e nariz da vítima fazendo pressão com a mão sobre a máscara tipo “C” para não haver escape de ar e em seguida eleva a região da mandíbula com mão tipo “E” liberando a via aérea e inicia a ventilação 01 a cada 6 segundos (10 por/min) conforme recomenda o guideline da American Heart Association (AHA) 2018 e a cada 2 minutos analisa ritmo”;
- No momento da intubação, “o fisioterapeuta insufla o cuff do tubo orotraqueal (TOT), e logo em seguida realiza ausculta pulmonar iniciando pela região gástrica, base esquerda, base direita e ápices pulmonares e somente após é que se procede a fixação do TOT com “cadarço” fixador”.
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