O mosquito Aedes aegypti é uma das principais preocupações do Ministério da Saúde atualmente, pois ele é o responsável pela transmissão de três tipos de vírus: o da febre chikungunya, o da dengue e o da febre zica, que se proliferam rapidamente.
Como a infecção pelos três vírus acarreta sintomas semelhantes nos pacientes, como febre alta, dores nas articulações e manchas avermelhadas no corpo, isso dificulta muito o diagnóstico preciso de cada um dos quadros. No entanto os médicos conseguiram entender como o zica vírus ataca as mulheres grávidas e afeta o desenvolvimento do feto.
O vírus invade a placenta das gestantes, que é responsável pela proteção e manutenção da nutrição do feto, entra na corrente sanguínea do bebê e vai diretamente para o cérebro, atrás dos neurônios, que são as células cerebrais. Ao alcançar essa região, o vírus provoca uma inflamação que retarda o processo de multiplicação dos neurônios, prejudicando a formação do cérebro da criança.
A criança com microcefalia pode apresentar dificuldades cognitivas e motoras: atrasos na área da linguagem, dificuldades de aprendizagem, pode não conseguir andar, firmar a cabeça, sentar, ou demorar muito para engatinhar ou andar nos tempos certos.
Após o nascimento, a criança não corre mais risco de pegar microcefalia, pois o cérebro já está formado, entretanto, ainda se sabe pouco sobre o vírus. Ele apareceu no Nordeste brasileiro pela primeira vez em 2014. Na opinião do infectologista Caio Rosenthal, o melhor é se prevenir: Nós estamos dentro de um quarto escuro. A gente não sabe o que pode acontecer. Então é muito mais prudente você adiar uma gravidez, você postergar uma gravidez porque a gente ainda não tem conhecimento, domínio dessa doença.