História da Arteterapia

História da Arteterapia

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Atualmente, quando se fala em arteterapia, tem-se no imaginário uma atividade, realizada por um indivíduo, que se interconecta com algum tipo de processo artístico, como pintura, musicalidade, bordado, entre outros, tendo a intenção oculta de tratar alguma condição física ou mental. Entretanto, por toda a história da arte, a arte sempre foi utilizada como um meio de expressão humana, portanto, podemos considerar que a expressão artística sempre esteve atrelada ao aspecto terapêutico, ainda que a arteterapia tenha sido instituída apenas no século XX.
 
Para saber conhecer mais sobre o contexto histórico e cultural da arte terapia, continue a leitura!
 
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A Origem da Arteterapia

A forma de expressão artística expressa pelo desenho, pintura, dança, música, contação de histórias, entre outras, aparece na história da humanidade desde tempos pré-históricos.
 
Na antiguidade, essas formas de expressão sempre estiveram ligadas tanto ao aspecto espiritual, quanto ao aspecto terapêutico. Já hoje em dia, os limites entre arte, medicina e religião são expressamente delimitados, chegando ao ponto de transmitirem a sensação de que são conceitos que divergem entre si; em culturas mais anciãs, essas distinções, porém, não existiam, tudo se interligava de algum modo - e assim foi por muitos anos.
 

A Arteterapia na Europa do Século XX

As influências de Adrian Hill
A arteterapia aparece na Europa, instituída como prática clínica, em meados do século XX. O termo foi cunhado pelo artista plástico britânico, Adrian Hill, em 1942. Em 1945, o artista publicou o livro ‘Arte versus Doença’, que descreve os benefícios da arte, contado a partir de um viés pessoal sobre a experiência que teve ao encontrar na arte uma aliada para sua recuperação de tuberculose em 1938.
 
Adrian Hill acreditava que quando a imunidade do paciente estava baixa, isso de alguma forma permitia que poderes criativos de ordem espiritual aparecessem em seus trabalhos artísticos. Além disso, o artista reconhecia que a guerra afetava “mentes, corpos e sonhos”, portanto, se fazia necessário uma técnica capaz de curar a mente e espírito do indivíduo. Hill encontrou na arte essa técnica que buscava, acreditando ser capaz de transformar o olhar da sociedade em tempos sombrios, apelando para a criatividade e explorando aspectos criativos.
 
A arte terapia no tratamento de tuberculose
Os primeiros casos registrados na Europa onde a arteterapia apareceu como método de tratamento, foi com pacientes tuberculosos. Um dos tratamentos para essa doença envolvia isolar o paciente em sanatórios, como em quarentena, para que não espalhassem o contágio. Negativamente, um paciente isolado e afastado de sua família, multas vezes desenvolvia algum tipo de doença de ordem psiquiátrica.
 
Foi observado, porém, que pacientes tuberculosos que utilizavam da arte como meio expressivo, acabavam por sofrer menos durante o período de isolamento pois experienciaram certo grau de liberdade e interatividade com sua própria solidão, melhorando assim o estado de sua saúde mental.
 
Após a constatação de melhora nesses casos, a prática da arteterapia foi adotada e formalizada em instituições psiquiátricas e hospitais por toda a Europa.
 

A Arteterapia no Brasil

No Brasil, quando há referências ao estudo da história da arteterapia, é frequentemente citado nomes como Osório Cesar e Nise da Silveira como pioneiros nessa técnica de terapia que tem a expressão artística como proposta terapêutica.
 
Nise, porém, recusava a ideia de arteterapia em seu trabalho pois considerava que as criações artísticas de seus pacientes não careciam de interpretações sobre o oculto em sua psique, como teorizado pela psicóloga Margaret Naumburg.
 
Em 1923, Osório César, enquanto interno do Hospital Juqueri, no Rio de janeiro, inicia estudos sobre as artes dos pacientes, aplicando aos poucos seus usos como forma de expressão e cura. Dois anos após, é fundada a Escola Livre de Artes Plásticas no mesmo hospital.
 
Já o contexto de Nise da Silveira com a cura através da arte, tem início em 1946, quando a psiquiatra introduz oficinas de arte na seção de terapia ocupacional do Centro Psiquiátrico D. Pedro II. Em 1952, é fundado o Museu de Imagens do Inconsciente por Nise, onde se expõe as obras produzidas por seus pacientes psiquiátricos. Quatro anos depois, a psiquiatra é convidada pelo psicólogo Carl Jung para participar de um Congresso em Zurique, palestrando sobre seu trabalho na promoção da saúde mental por meio da prática arte-terapêutica.
 

A Arteterapia como prática terapêutica

Entre os séculos XIX e XX, a arte passou a ser utilizada por criminalistas e psiquiatras como veículo para diagnosticar doenças de ordem mental. Porém, é somente durante a década de 1920 que a arte como técnica de cura começa a se consolidar como uma prática terapêutica, recebendo destaque.
 
Em 1923, Ita Wegman e Rudolf Steiner desenvolvem as bases teóricas da medicina antroposófica - uma medicina integrativa que tinha a arte como parte do tratamento médico.
 
Pelas palavras da doutora Wegman, a medicina integrativa “não tratava de menosprezar, de maneira diletante, leiga, a medicina científica; esta foi plenamente reconhecida. Mas se tratava de complementar o existente com o que pode afluir de um verdadeiro conhecimento do espírito, para a compreensão dos processos da doença e da cura.”
 
A arteterapia acabou sendo difundida com grande velocidade em hospitais, clínicas e instituições psiquiatras por todo o mundo, tendo seu reconhecimento oficial apenas em 1980 com o desenvolvimento de cursos profissionalizantes de graduação e pós-graduação.
 
No Brasil, atualmente, a arteterapia passou a integrar as PICS (Política de Práticas Integrativas e Complementares) no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo instituída pela portaria número 849/2017, com fácil acesso em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
 

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