A imaginação ativa trata-se de uma técnica terapêutica desenvolvida por Carl Jung, sendo muito elaborada no Livro Vermelho, uma de suas obras mais enigmáticas. Essa técnica é frequentemente requerida na Psicologia Analítica quando o paciente vivencia um conflito entre a mente consciente e o inconsciente, não sendo possível de se resolver por meio da análise ou através da simbologia dos sonhos.
Estes conflitos, em grande maioria, iniciam com uma pressão inconsciente e que, posteriormente, pode se manifestar em sintomas tais como ansiedade ou depressão. A imaginação ativa, para trazer resultados benéficos ao paciente, pede por uma participação ativa do ego e da consciência, isto é, um momento onde o ego ira interagir diretamente com o campo da fantasia.
Continue a leitura e entenda o papel da imaginação ativa na Psicologia Junguiana.
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Como Jung desenvolveu a imaginação ativa?
Como a imaginação ativa é o meio para se chegar à pressão inconsciente, é importante haver um elemento de tensão na psique para que seja possível realizar a imaginação ativa. Carl Jung veio a descobrir a imaginação ativa durante um período conflituoso em que viveu, onde teve de lidar por quatro anos com o inconsciente e seus mistérios.
Sua psique estava completamente alterada e carregada de informações negativas, logo, o pai da Psicologia Analítica estava precisando de meios para aliviar a pressão que sentia para, assim, se ver livre de pensamentos depressivos. Desta forma, ao notar que apenas a análise de seus sonhos não estava surtindo efeito, Jung teve de partir para outros métodos - desenvolvendo a técnica da imaginação ativa para que conseguisse se ver livre de sintomas como depressão e ansiedade.
Elementos essenciais da imaginação ativa
Para ser possível a realização da imaginação ativa, é necessário contar com alguns elementos essenciais. O principal aspecto para que esta seja possível é o paciente apresentar um problema não resolvido - detalhe que causa pressão em seu inconsciente.
Se não há pressão inconsciente, irá faltar a energia subjacente necessária para a realização da imaginação ativa. Portanto, são alguns dos outros elementos essenciais para a imaginação ativa, segundo Carl Jung:
- Pressão inconsciente;
- Desorientação e confusão;
- Incertezas e medos;
- Problema sem resolução; e
- Falta de material de sonho para análise.
Fantasia ativa e passiva na Psicologia Junguiana
Ao utilizar a palavra “fantasia”, Carl Jung se refere ao significado morfológico da palavra, segundo sua origem nas raízes gregas, ‘phantasia’. Em sua originalidade, tal palavra significa “imaginação” ou “aparência”, portanto, a “imaginação” seria o ato de imaginar ou fazer uma imagem e, “aparência” remete a algo que se manifesta, que “aparece”. Através destes dois significados, passa a ser possível compreender a principal diferença entre fantasia ativa e passiva.
Na fantasia ativa - posteriormente, imaginação ativa -, Jung descreve o processo de aprendizagem de envolvimento das imagens mentais; é a posição e atitude da consciência do ego em relação à fantasia, é quando o indivíduo se torna ativo e não um mero observador e quando o efeito da fantasia sobre o ego de fato altera algo na pessoa.
Carl Jung ainda coloca em seus escritos que as fantasias ativas são produtos da intuição, isto é, são evocadas por uma atitude voltada à percepção dos conteúdos inconscientes. Já as fantasias passivas tendem a aparecer sempre em forma visual, não estando acompanhadas de expectativa intuitiva e, também, tornando passiva a atitude do indivíduo frente a estas formas visuais.
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