Mobilidade Urbana na cidade de São Paulo: problemas e soluções

Mobilidade Urbana na cidade de São Paulo: problemas e soluções

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A cidade de São Paulo é desafiada constantemente a encontrar soluções para os problemas de mobilidade urbana que comprometem a qualidade de vida da sua população, seja pelo elevado tempo desperdiçado em congestionamentos, pelas consequências causadas por acidentes de trânsito ou ainda doenças e desconfortos oriundos da poluição e degradação do meio ambiente.

A ocupação territorial na cidade, assim como as atividades desenvolvidas em cada região, são considerados pólos geradores do deslocamento da população. O planejamento e o gerenciamento racional e sustentável desse fluxo de pessoas é uma obrigação do poder público, e, por isso, reunímos os principais problemas que afetam a mobilidade urbana na cidade de São Paulo e propor soluções que sua diminuição, e consequentemente, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos paulistanos.

De uma maneira geral, os maiores problemas de mobilidade urbana que a cidade de São Paulo enfrenta são: elevada ocupação do espaço urbano, alto número de usuários de transporte individual, tendo em vista à falta de opções de transporte alternativo ou público ou de opções que ofereçam o mínimo de qualidade e conforto aliada a falta de profissionais formados especificamente para essa área.

De acordo com o IBGE, a população da cidade, que era de 11.037.000 em dezembro de 2009 cresceu para 11.895.000 em dezembro de 2014. Essa população vive em um espaço de 1.523 KM2
; resultando em uma das mais altas taxas de densidade demográfica do Brasil.

Em relação ao número de automóveis que ocupa o espaço urbano da cidade, segundo dados do Denatran, era de 6.140.189 veículos motorizados (4.475.032 automóveis) em dezembro de 2009. Já em dezembro de 2014 a cidade registrou 7.323.775 veículos motorizados, sendo 5.160.727 automóveis.

Soma-se a isso o fato de que o uso do automóvel é preferido pela população em detrimento do transporte público ou de outros modos alternativos de locomoção (bicicleta, caminhada...). Em suma, enquanto a população cresceu em 858.000 habitantes de 2009 a 2014, o número de automóveis registrados aumentou 1.183.586 (685.695 automóveis) nesse mesmo período.

Atualmente existem mais de um carro para cada dois habitantes da cidade, que não oferece condições físicas para o fluxo desses veículos, nem possibilidade de expandir a sua malha viária.

O poder público municipal, na atual gestão, está promovendo uma política de mobilidade urbana que privilegia os corredores de ônibus, as ciclovias e a adoção de faixas reversíveis nas principais vias nos horários de pico. O governo estadual também auxilia a mobilidade na cidade investindo na ampliação do transporte sobre trilhos. Porém, existe uma demanda não atendida, que é a contratação de profissionais habilitados para gerenciar a mobilidade urbana.

O estudo da mobilidade urbana apresenta elevada importância para o desenvolvimento e gerenciamento das cidades, propiciando a otimização dos meios de transportes e a melhoria da qualidade de vida da população. A cidade de São Paulo necessita de soluções sustentáveis, eficientes e eficazes para neutralizar a ação do crescimento desordenado e não planejado e só um profissional que esteja apto a participar da elaboração e execução de planos de mobilidade urbana, contribuindo para a eficiência e eficácia dos projetos nas áreas de transportes, considerando as principais premissas de preservação ambiental, do planejamento urbano e do sistema de transporte público pode contribuir para mitigar os problemas de mobilidade urbana na cidade de São Paulo.

O profissional em questão deve pautar as suas ações sob uma perspectiva holística e estratégica e demonstrar competências em tópicos das Ciências Gerenciais, da Engenharia de Trânsito, da Economia e do Urbanismo, primordiais para o planejamento e execução de planos exequíveis e sustentáveis de mobilidade urbana.

Enfim, as soluções para os problemas de mobilidade da cidade dependem, necessariamente, de políticas públicas e de profissionais dotados de um repertório de ações que tenham o objetivo de melhorar a mobilidade urbana com formação específica para lidar com essas situações problemáticas.

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