O Ego é o centro da consciência e atua como o mediador entre o indivíduo e o mundo externo, sendo responsável por nosso desenvolvimento de identidade, pela tomada de decisões e pela adaptação às demandas sociais e culturais. O Ego busca segurança, reconhecimento e controle, moldando-se conforme as experiências e expectativas impostas pelo ambiente externo e, em muito o Ego se associa ao orgulho, devido a sua força motivadora ser a aprovação externa.
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O que afeta o Ego?
Dentro do que Jung classifica como ‘Coletivo’, há duas frentes; há a Consciência Coletiva, que abrange o mundo externo, que entra em comunhão com o Inconsciente Coletivo, responsável por compreender o mundo interno. Cada frente desta possui um certo grau de autonomia, o qual não possuímos controle.
Do ponto de vista da Consciência Coletiva, há a imposição de normas culturais, pressões sociais e papéis sociais, representados pela conceitualização de personas. Tal fator colabora para o convencionalismo social e cultural e, esta convencionalidade assimila a individualidade. Por outro lado, o Inconsciente Coletivo abrange tanto o aspecto pessoal e biográfico, quanto o aspecto coletivo, considerado arquetípico. É importante diferenciar ambos pois, estas duas frentes podem afetar o Ego e em como o indivíduo se relaciona com o mundo ao seu redor.
O que é o Ego?
Para Jung, o Ego é como se fosse o “comandante-chefe” da psique, onde suas reflexões, decisões, razões, dúvidas, intenções e expectativas governam seu estado. Um Ego em estabilidade consegue fornecer a base necessária para a realização do trabalho de transformação do indivíduo, logo, o Ego age como um tipo de complexo que atua como o centro da consciência.
A consciência somente consegue ser transformada com o auxílio de um Ego em estabilidade pois, assim, consegue atuar em conjunto com as forças que estão para além do controle. Por outro lado, se o Ego não está bem estabelecido, o indivíduo pode vivenciar momentos de paralisação onde humores, pensamentos e emoções podem tomar conta de seu modo de agir, fazendo com que o indivíduo não se sinta pertencente a si.
O Ego como o ‘Vaso da Transformação’
O “vaso” é um conceito alquímico que, para o pai da Psicologia Analítica, Carl Jung, trata-se de uma ideia mística e simbólica que sintetiza todas as ideias da alquimia. Portanto, ao utilizar tal conceito dentro da Psicologia Junguiana, tem-se a ideia de Ego como um “vaso” alquímico pois é onde o trabalho de transformação ocorre. Ao deixar este “vaso” aberto para todo tipo de informação, o indivíduo se sobrecarrega tanto por sensações de dever, obrigação e serviço, quanto por pensamentos e emoções difíceis de serem processados.
Ao possuir um senso aguçado do Ego, passa a ser possível distinguir entre os “Eus” autênticos e a opinião convencional, das maquinações do Inconsciente pautadas em aspectos da Sombra. Com o processo de individuação, isto é, de autodescoberta, passa a ser possível identificar o que é verdadeiro para a natureza individual.
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