O Impacto Psicoemocional do Estoma na Vida do Paciente

O Impacto Psicoemocional do Estoma na Vida do Paciente

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O paciente ostomizado tende a passar por processos de luto, desânimo e falta de perspectivas durante todo o período de seu tratamento. Logo, é de extrema importância a atuação do enfermeiro especializado no auxílio do processo enfrentado pelo paciente, com um atendimento que promova segurança e acolhimento visando minimizar os sintomas psicoemocionais que o indivíduo pode vivenciar.
 
Para saber mais sobre os impactos psicoemocionais vivenciados pelo paciente ostomizado, continue a leitura!
 
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Vivendo com a estomia

O paciente ostomizado não vivencia a alta hospitalar como outros pacientes; seu tratamento é estendido para o âmbito social, com seu retorno à sociedade e, em muitos casos, esse paciente não passa pela cirurgia de reversão, tendo de lidar com a ostomia definitiva.
 
Durante essa nova etapa na vida do indivíduo, são enfrentadas mudanças significativas de ordens biológicas e psicossociais, onde o paciente precisa aprender a lidar com sua nova condição. Esse processo de maturação de uma nova vida ocorre desde o primeiro momento em que o paciente é introduzido à possibilidade da estomia que, em quase todos os casos, gera determinadas reações que o obriga a iniciar uma mudança no estilo de vida em razão das alterações corporais e sociais.
 
Esse paciente passa pelo processo de medo da mudança de vida que terá e também de luto por seu antigo estilo de vida, além do medo da alteração corporal que tende a afetar a autoimagem que o paciente tem de si. O indivíduo em muitos casos é tomado pelo temor da rejeição social e pode até mesmo se privar de manter um estilo de vida comum, se reprimindo em determinadas vontades como por exemplo manter uma rotina de alimentação quando está fora de casa, ou opta por um novo estilo de vestir-se para esconder o estoma.
 

Alteração fisiológica no paciente estomizado

Após a cirurgia da estomia, o paciente tem sua anatomia e fisiologia corporal alterada pois o procedimento trata-se de uma exteriorização de um segmento corpóreo por meio de uma abertura externa.
 
É de extrema importância que haja um período de adaptação para o paciente e seu organismo pois, com as alterações fisiológicas, ocorrem mudanças significativas em suas necessidades básicas. São algumas dessas alterações:
  • Diminuição do apetite;
  • Dispneia;
  • Diarreia;
  • Constipação; e
  • Vômito.

A questão da imagem corporal e autoestima do paciente ostomizado

Uma questão que passa a ser muito relevante na vida do paciente ostomizado é sua autoestima e a relação que tem com sua imagem corporal, sendo o maior fator de impacto na qualidade de vida desses pacientes durante o processo de reabilitação.
 
Há duas grandes mudanças físicas na vida do paciente que convive com a estomia, sendo elas:
  • A mutilação cirúrgica que origina o estoma; e
  • A introdução ao dispositivo coletor no corpo do paciente.
Essas mudanças influenciam diretamente no estado de saúde e no autocuidado do paciente, ainda mais quando se considera a sociedade atual que é orientada por padrões de beleza inatingíveis; este fator corrobora para a existência de certo estigma sobre o corpo humano.
 
Além disso, a autoestima se relaciona de forma direta com a autoaceitação, sendo responsável pela ideação de valor e capacidade pessoal que a pessoa tem sobre si, sendo conceitos construídos socialmente. Logo, um paciente que se sente depreciado com sua condição física, em muito pode se sentir incapaz, fazendo com que sua reabilitação e recuperação encontre dificuldades.
 

As influências emocionais e sociais no paciente ostomizado

O paciente ostomizado tende a encontrar obstáculos em seu convívio social por conta do desconhecimento geral sobre estomias, causando nas pessoas, em muitos casos, reações negativas como repulsa, estranhamento e piedade, inferiorizando o paciente ostomizado.
 
Portanto, é imprescindível um auxílio familiar e da equipe de enfermagem durante o processo de reabilitação, promovendo apoio e acolhimento ao paciente; essa atitude possui grande influência na recuperação do paciente, o ajudando a reconquistar a autoconfiança e autoestima.
 
Profissionais especializados e engajados com a causa, tendem a melhor atuarem com esses pacientes, oferecendo a seus familiares uma orientação adequada para melhor lidarem com o paciente ostomizado.
 

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