A vergonha é um sentimento universal. Afinal, quem nunca perdeu horas de sono relembrando vergonhas do passado ou preferiu escapar sorrateiramente de uma interação social desajeitada?
Para muitos, até mesmo falar sobre a vergonha causa um sentimento de constrangimento, e, por isso, é natural observarmos reações distintas, como choro, estresse, ansiedade, humor autodepreciativo, entre muitas outras.
Embora indesejada, a vergonha não deve ser evitada, ou não irá desaparecer e ser dominada. Evitar esse sentimento só fará que o caminho para o autodesenvolvimento e a expressão pessoal tenha mais um obstáculo, fenômeno que pode ser analisado de forma aprofundada por meio da perspectiva junguiana.
A origem da vergonha no inconsciente coletivo
Independentemente de crenças, o relato mais antigo sobre a vergonha que está presente no inconsciente coletivo da humanidade vem de Adão e Eva, que são exilados do Jardim do Éden após consumirem o fruto da Árvore do Conhecimento.
O ponto que chama a atenção é que a vergonha sentida por Adão e Eva não diz respeito apenas ao fato de estarem nus perto um do outro, mas também porque ambos precisam suportar o constrangimento adicional de seus atos serem vistos por Deus.
Fazendo uma análise da forma com a qual lidamos com a vergonha, há muitos paralelos a serem traçados com a história de Adão e Eva: o motivo principal em todas as nossas experiências de vergonha envolve sermos vistos pelos outros, ou até por nós mesmos), fazendo algo considerado errado ou ruim.
Ansiedade versus vergonha: qual a relação?
Sentir vergonha é muito semelhante à sentir ansiedade, pois ambos os sentimentos geram reações parecidas, como a vontade de se esconder, fugir e escapar do próprio julgamento e o dos outros.
No entanto, os dois sentimentos não são sinônimos e, na verdade, pautam-se em dores diferentes. Enquanto a ansiedade tem uma natureza quase que instintiva, surgindo como resultado de uma ameaça ou perigo percebido para nosso bem-estar físico ou emocional, a vergonha surge dos sentimentos de expulsão, rejeição ou desonra, que se relacionam muito mais com o ego e o emocional.
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Quando a vergonha limita a autoexpressão e se torna um problema
A vergonha surge da consciência do que é certo e errado, como um mecanismo regulador interno que traça um limite daquilo que queremos compartilhar e do que queremos manter privado, reforçando o sentido de separação e identidade, além de ser uma ferramenta poderosa da socialização e manutenção da estrutura e dos padrões sociais.
Apesar de ser um sentimento natural, nem sempre a vergonha é manejada com positividade, de forma que muitas pessoas desenvolvem uma vergonha tóxica e excessiva em relação a si próprios, restringindo sua autoexpressão diante de situações sociais que seriam consideradas normais ou irrelevantes para os outros, mas que se tornam verdadeiros monstros na mente do indivíduo exageradamente envergonhado.
Nesse cenário, a pessoa passa a viver uma vida centrada em evitar a vergonha, sendo marcada por compulsões e obsessões, alta ansiedade e rigidez geral de pensamento e comportamento. Em outros casos, o humor autodepreciativo é usado como escudo, mas sem de fato resolver o problema.
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E mesmo que se trate de um sentimento tão difundido e natural, a vergonha pode impactar negativamente na qualidade de vida do indivíduo. Então, se você quiser auxiliar seus pacientes a lidarem com a vergonha por meio do acesso do inconsciente, o curso de pós-graduação em Psicologia Analítica: Abordagem Junguiana é a escolha certa!
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