Especialistas revelam que uma experiência traumática pode reverberar negativamente no indivíduo, causando efeitos duradouros em seu bem-estar mental e emocional, sendo a memória uma das principais áreas afetadas pelo trauma. Essa condição é conhecida na área da saúde como Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) e tende a aparecer após a ocorrência do trauma.
Continue a leitura para saber como a Neuropsicologia pode auxiliar no tratamento do Transtorno do Estresse Pós-Traumático.
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Compreendendo o impacto do trauma na memória
O trauma possui grande impacto na vida do indivíduo que o sofreu, tendo poder de interromper o funcionamento regular do cérebro e afetar gravemente o modo como o indivíduo opera. Um exemplo de alteração que ocorre em pessoas com Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) é o estresse intenso e o medo, causando alterações no hipocampo cerebral - região responsável pela formação e recuperação de memórias.
Desta forma, é comum que aqueles que passam por situações traumáticas tenham dificuldades em lembrar detalhes do evento traumático ou que passe a ter problemas de memória em outros campos de suas vidas, podendo esta ser acessada em fragmentos, sem coesão, ou mesmo “desaparecer” por determinado período.
Quando a memória é acessada em fragmentos, o indivíduo pode experienciar flashbacks, memórias intrusivas e até mesmo ter pesadelos com o trauma ocorrido; isto dependerá da maneira como o cérebro da pessoa irá reagir ao evento, tentando dar sentido ao que se passou revisitando certas partes do trauma.
Como a Neuropsicologia determina a extensão da perda de memória?
A Neuropsicologia, por ser uma excelente ferramenta de compreensão do modo como o cérebro funciona, ao unir conhecimentos da psicologia e neurologia, consegue promover um auxílio adequado sobre as funções cognitivas do paciente com TEPT.
Durante as avaliações neuropsicológicas, o profissional consegue identificar todos os aspectos neurobiológicos do comprometimento da memória, além de conseguir realizar testes cognitivos visando avaliar os domínios de memória, atenção, função executiva e velocidade do raciocínio do paciente avaliado. Outra alternativa ofertada pela Neuropsicologia para determinar a extensão da perda de memória é avaliar o processamento de informações obtidas pelo paciente, visando identificar como o trauma pode influenciar na capacidade cerebral de codificar e recuperar memórias.
Os neuropsicólogos tendem a recorrer à Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para auxiliar pacientes com Transtorno do Estresse Pós-Traumático. Essa abordagem auxilia os indivíduos na identificação de padrões de pensamentos e comportamentos negativos relacionados ao trauma, fornecendo as ferramentas necessárias para que o indivíduo ressignifique seus padrões comportamentais e consiga adquirir uma função de memória com maior estabilidade.
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