Para crianças que ainda não sabem ler ou escrever, o psicopedagogo pode aplicar uma série de testes que visam avaliar diferentes aspectos do desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental. Servem, inclusive, para avaliar se a criança tem dislexia, um distúrbio que se manifesta por um conjunto de alterações evidenciadas na aprendizagem da leitura e da escrita. Aqui estão alguns testes e avaliações comumente utilizados:
Avaliação Psicomotora:
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Testes de Coordenação Motora: Avaliam a coordenação motora fina e grossa da criança.
- Testes de Lateralidade: Verificam a dominância de um lado do corpo sobre o outro.
Avaliação Cognitiva:
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Testes de Inteligência Não-Verbal: Como o Teste de Matrizes Progressivas de Raven, que avalia a capacidade de raciocínio abstrato sem depender da leitura.
- Testes de Desenvolvimento Cognitivo: Avaliam habilidades cognitivas básicas, como percepção, memória e resolução de problemas.
Avaliação Emocional e Social:
- Entrevistas e Observações: Conversar com a criança, observar seu comportamento e interação social pode fornecer insights sobre seu desenvolvimento emocional.
Desenhos e Brincadeiras: Técnicas projetivas, como desenhos e jogos simbólicos, podem revelar aspectos emocionais e sociais.
Avaliação Fonológica:
- Testes de Consciência Fonológica: Avaliam a capacidade da criança de identificar e manipular sons da fala, o que é fundamental para o desenvolvimento da leitura.
Avaliação da Percepção Visual:
- Testes de Discriminação Visual: Avaliam a capacidade da criança de reconhecer e diferenciar formas, padrões e objetos visuais.
Avaliação da Linguagem Oral:
- Entrevistas e Observação: Observar como a criança se comunica oralmente pode fornecer informações sobre seu desenvolvimento linguístico.
Avaliação Socioemocional:
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Questionários para Pais/Professores: Coletar informações sobre o comportamento da criança em diferentes contextos.
- Observação do Comportamento: Avaliar como a criança lida com situações sociais e emocionais.
É importante ressaltar que a abordagem do psicopedagogo deve ser holística — considerando não apenas os aspectos cognitivos, mas também os emocionais, sociais e motores da criança. Além disso, as avaliações devem ser adaptadas ao nível de desenvolvimento da criança e aplicadas de maneira lúdica e não ameaçadora.
De acordo com uma publicação do Senado Federal, o percentual de crianças com dificuldade para ler e escrever passou de 15,5%, em 2019, para 33,8% no ano passado, em razão da pandemia de covid-19. Como muitos efeitos da pandemia são persistentes a longo prazo, é útil ter profissionais atentos e capacitados para identificar as dificuldades.
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A professora dos cursos de Psicopedagogia e Neuropsicopedagogia, Angélica, aborda a função e as principais diferenças entre esses dois especialistas, confira: