Qual a Diferença entre Estado Terminal e Cuidados Paliativos? Entenda

Qual a Diferença entre Estado Terminal e Cuidados Paliativos? Entenda

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Nas últimas semanas, repercutiu nas mídias sociais o caso de uma médica influenciadora digital após o anúncio de sua gravidez em meio ao tratamento de linfoma de Hodgkin grave. A influenciadora ganhou destaque após o compartilhamento de sua luta contra o câncer, descoberto em 2021, e voltou a ganhar notoriedade após divulgar, neste ano, que estaria em estado terminal. Entretanto, nos meios digitais, em muito se confundiu o verdadeiro significado de estado terminal, em comparativo a cuidados paliativos.
 
Continue a leitura para entender a diferença entre essas duas classificações.
 
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O que caracteriza o estágio terminal de saúde?

O estágio terminal é, a princípio, caracterizado pelo agravo de uma doença severa de caráter progressivo e irreversível. Os pacientes em estágio terminal, recebem um prognóstico fatal para um prazo relativamente breve, sendo dias, semanas ou meses.
 
Ao ser diagnosticado em estágio terminal, o paciente já não possui alternativas de tratamento que permitam a modificação de seu prognóstico. Logo, em detrimento de sua doença ser progressiva, é possível de se afirmar que o paciente irá a óbito.
 

O que são cuidados paliativos?

Por outro lado, os cuidados paliativos são, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), um aglomerado de abordagens visando a melhoria na qualidade de vida de pacientes que enfrentam problemas que podem ameaçar a vida.
 
Alguns dos tratamentos que englobam os cuidados paliativos são o manejo da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial ou espiritual. O paciente, apesar de requerer tratamentos contínuos, não necessariamente encontra-se em estágio terminal; o indivíduo apenas convive com um diagnóstico grave que pede por tratamentos contínuos para amenizar sintomas como por exemplo a dor crônica.
 

Todo paciente em cuidados paliativos está em estágio terminal?

Nem todo paciente em cuidado paliativo está em estágio terminal, porém todos os pacientes em estágio terminal encontram-se em cuidados paliativos.
 
É errado associar o termo “cuidados paliativos” com algo negativo visto que é utilizado para os mais diversos casos clínicos. São consideradas doenças em cuidados paliativos as que não contam com uma droga curativa.
 
Tal tratamento aparece como forma de promover o bem-estar de pacientes em situações críticas. São alguns dos exemplos de doenças crônicas que pedem por cuidados paliativos:
  • Pacientes que passaram por AVC;
  • Alzheimer;
  • Parkinson;
  • Diabete; e
  • Hipertensão.

Dor crônica e tratamento paliativo

A dor passa a ser considerada crônica caso o paciente apresente:
  • Dor por mais de três meses;
  • Sintomas que perduram por mais de um mês após resolução do problema que originou a dor;
  • Dor que surge e desaparece durante meses ou anos;
  • Dor associada a doença crônica como por exemplo câncer, artrite reumatoide, diabete e fibromialgia;
  • Dor associada a ferida que não cicatriza.
Segundo dados levantados pela Organização Mundial da Saúde, é estimado que, anualmente, mais de 56 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos, sendo na maioria indivíduos que vivenciam alguma doença crônica, tais como as mencionadas.
 

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