Em 2023, cerca de 430 mil brasileiros fizeram uso de remédios com extrato de Cannabis em suas composições. Esses medicamentos possuem grande versatilidade, sendo requisitados para tratar diversos problemas de saúde, sejam físicos ou psicológicos, entretanto, seu uso ainda é alvo de represália devido à falta de informação acerca do que realmente é a Cannabis.
Para saber os impactos dessa medicina integrativa na vida de pacientes e o que dizem os especialistas sobre o futuro da pesquisa desses medicamentos, continue a leitura!
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O que é Cannabis?
A Cannabis é uma angiosperma, composta por raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes, podendo se desenvolver em três diferentes subespécies, onde seus aspectos físicos e químicos tendem a diferir. São as subespécies:
- Cannabis sativa;
- Cannabis indica; e
- Cannabis ruderalis.
Em seus aspectos medicinais, a Cannabis sativa, por conter maior concentração de THC em comparativo com as outras subespécies, pode auxiliar em casos de dor de cabeça, náuseas e perda de apetite.
Por outro lado, a Cannabis indica apresenta maior concentração de CDB, sendo utilizada clinicamente no tratamento de casos de insônia, alívio de dores crônicas e na oferta de um efeito calmante.
O que é THC e CDB?
O Tetrahidrocarbinol, conhecido como THC, é um endocanabinoide responsável por alterar a percepção humana, podendo induzir o usuário a episódios de euforia. Em seus aspectos positivos, tende a auxiliar no tratamento de casos de dores crônicas resultantes de doenças como o câncer, AIDS ou problemas de ordem motora. O THC é requerido em tratamentos para:
- Diminuir dores;
- Reduzir inflamações;
- Amenizar náuseas;
- Aumentar apetite; e
- Favorecer o controle muscular.
O Canabidiol (CDB), em seu uso medicinal, possui propriedades anti-inflamatórias, além de aparecer como um agente assistencial no tratamento de problemas de ordem metal, tais como a ansiedade generalizada, distúrbios do sono. Ele é responsável por regular várias funções do organismo humano, a exemplo da memória, apetite, dor e resposta imunológica, tendo alto potencial terapêutico. O CDB é frequentemente usado na medicina para:
- Diminuir dores;
- Reduzir inflamações;
- Controlar convulsões epiléticas; e
- Tratar doenças mentais.
Os medicamentos à base de Cannabis não curam propriamente as doenças, porém são muito utilizados para minimizar, ou até mesmo eliminar, certos sintomas, melhorando a qualidade de vida e bem-estar do paciente. São alguns casos clínicos que vêm sendo tratados com esses remédios:
- Alzheimer;
- Autismo;
- Depressão;
- Doença inflamatória intestinal;
- Dores crônicas;
- Epilepsia;
- Esclerose lateral amiotrófica (ELA);
- Esclerose múltipla;
- Parkinson; e
- Transtorno de ansiedade.
A Cannabis medicinal e seus usuários
É muito comum ouvir relatos de pacientes que fazem uso de Cannabis medicinal, alegando que a princípio possuíam preconceitos e ressalvas sobre o tratamento. Entretanto, ao se depararem com a falta de opções viáveis de tratamento, acabaram por recorrer a esses medicamentos e encontraram neles a resolução de seus problemas.
Muitos pacientes que sofrem de dores crônicas tentaram todos os caminhos orientados pela medicina tradicional trais como cirurgias, outros tipos de remédios e até mesmo terapias alternativas, porém encontraram somente na Cannabis possibilidade verdadeira de viverem sem dor - ou ao menos, com ela grandemente reduzida.
No Brasil, a primeira autorização judicial para a importação de medicamento à base de Cannabis se deu em 2014, cuja beneficiada foi Anny Fischer, que na época tinha apenas 6 anos e sofria de CDKL5, uma síndrome rara de origem genética que atrasa o desenvolvimento psicomotor, provocando convulsões de difícil controle. Anny sofria cerca de 60 crises convulsivas por semana, tendo passado por inúmeros tratamentos com vários tipos de droga medicamentosa porém sem sucesso. Com dois meses de uso da Cannabis medicinal, suas convulsões passaram a se tornar cada vez mais raras.
Outro exemplo de paciente sob uso de medicamentos de Cannabis no Brasil é a senadora do PSDB-SP, Mara Gabrilli, forte defensora da liberação e distribuição da Cannabis medicinal pelo SUS. A senadora é tetraplégica e faz uso do óleo para amenizar suas dores, impedir contrações musculares involuntárias e evitar convulsões, alegando ser esse medicamento o grande responsável por permitir que consiga viver sua vida normalmente, mantendo uma rotina de trabalho dentro de suas possibilidades.
O que dizem os pesquisadores sobre a Cannabis medicinal
O pesquisador da Fiocruz, Francisco Netto, aponta que o investimento científico e sua regulamentação são cruciais para a viabilização da produção, prescrição e acesso da Cannabis medicinal através do Sistema Único de Saúde (SUS), para assim, mais pessoas poderem se beneficiar deste tratamento.
É importante, também, investir em educação sobre o assunto, para que o conhecimento e de qualidade atinja cada vez mais pessoas. Com embasamento científico e informações adequadas, a população também passa sentir maior segurança ao fazer uso desses remédios.
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