A origem da Avaliação Psicológica: Da filosofia à ciência moderna

A origem da Avaliação Psicológica: Da filosofia à ciência moderna

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Na tradição da medicina da antiguidade grega e latina, não há descritivos médicos referentes à doença mental, pois o entendimento sobre tais transtornos eram compreendidos como “doenças da alma” e não do corpo. Apesar disso, diversas “doenças do corpo” eram reconhecidas - e descritas - na medicina antiga com sintomas que afetam o humor, julgamento ou memória, como, por exemplo, a epilepsia.
 
Entretanto, transtornos como mania e melancolia foram por muito tempo compreendidas como dores de cabeça ou paralisia. Do ponto de vista da antiguidade, distúrbios do corpo deveriam receber tratamentos para o corpo. Somente com o passar dos anos os transtornos psiquiátricos passaram a ser compreendidos como tais e passando a receber tratamentos adequados voltados para a causa - e não para suas sintomáticas.
 
Continue a leitura para conhecer mais sobre a história da Avaliação Psicológica.
 
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Os primeiros testes psicológicos

A “avaliação” enquadra toda e qualquer técnica utilizada para provocar reações a qual o corpo humano se relaciona. Já a “avaliação psicológica”, conhecida como “psicometria”, se trata da aplicação sistemática de testes para determinar traços psicofísicos, habilidades e problemas para prever o desempenho psicológico.
 
Historicamente, acredita-se que os testes que integravam parte do sistema de exames na China Imperial foram os primeiros testes extensivos, no qual os considerados primeiros testes psicológicos seriam os testes realizados para medir a compreensão dos candidatos sobre impostos e direitos civis.
 
Aproximadamente em 2200 a.C., um monarca chinês passou a testar funcionários para determinar qual cargo estaria mais apto a desempenhar. Antes mesmo dos exames escritos serem introduzidos na dinastia Han, os testes foram ajustados e aprimorados ao longo dos séculos, porém seus requisitos eram excessivamente exigentes. Os testes iniciais, por serem criteriosos, consideravam diversas questões, como voltar o teste de intelecto para questões referentes à diversão, em vez de estudo.
 
O início da Avaliação Psicológica em seu formato atual, porém, se deu a pouco mais de um século, a partir de estudos laboratoriais de discriminação sensorial, habilidades motoras e tempo de resposta, sendo a França a pioneira no desenvolvimento de testes psicológicos modernos no século XIX e Francis Galton a produzir o primeiro conjunto avaliativo, auxiliando no processo de distinguir entre doença e atraso mental e a diminuir o abuso e sofrimento destes dois grupos.
 

A Revolução Psicométrica

Já o primeiro teste de inteligência assertivo foi desenvolvido somente em 1905, por Alfred Binet. O psicólogo francês acreditava que processos psicológicos superiores podem ser usados para medir a inteligência mais precisamente, em comparativo com os processos sensoriais simples, como, por exemplo, o tempo de reação. Ao desenvolver um teste capaz de calcular o nível mental de um ser humano, Binet promoveu um avanço significativo nos testes de Q.I. ao longo do século XX.
 
Henry Goddard se estabeleceu como uma das principais figuras na aplicação de testes cognitivos para identificar pessoas com deficiências intelectuais. O psicólogo se tornou um grande defensor do uso de testes de inteligência para encontrar imigrantes com mentes fracas, demonstrando que suas ideias sociais impactaram de forma direta em suas opiniões intelectuais.
 
Já Leta Hollingworth se destacou por ser uma das primeiras aplicadoras de testes de Q.I., em especial por descobrir que crianças com superdotadas superavam aquelas com níveis médicos de genialidade no desempenho acadêmico. Hollingworth tornou os testes mais científicos, sugerindo, ainda, a crianção de um fundo rotativo onde crianças superdotadas pudessem lidar de forma direta com dinheiro para dar prosseguimento em sua educação.
 
O responsável por tornar os testes de Q.I. mais utilizados, entretanto, foi o professor Stanford Lewis, ao integrar o padrão original de Alfred Binet, com sua versão de 1916 das escalas, nomeando-a de ‘padrão Stanford-Binet’, e sendo muito requisitada na avaliação do intelecto.
 

A evolução e aplicação contemporânea

A Avaliação Psicológica está ganhando cada vez mais espaço em diversos setores da saúde e usar o modelo biopsicossocial em todos os ambientes e auxilia na redução da carga sobre o sistema de saúde, além de melhorar a precisão dos diagnósticos e auxiliar no desenvolvimento de planos de tratamentos para os pacientes.
 
Além disso, atua como método auxiliar para médicos de atenção primária para gerenciarem da melhor maneira os cuidados de seus pacientes, identificando o papel que a saúde mental desempenha em relação à apresentação e ao funcionamento dos sintomas.
 
Especialistas em saúde comportamental também apresentam um papel fundamental e abrangente em departamentos cirúrgicos ao realizarem avaliações pré-cirúrgicas. Apesar de serem similar, quando comparadas com os objetivos usados em modelos de atenção primária, as avaliações psicológicas pré-cirúrgicas acabam são mais completas, porém, gastam mais tempo para serem efetuadas. Estes profissionais são responsáveis por determinar se o paciente está ou não elegível para realizar o procedimento, se o mesmo é clinicamente necessário e, também, por determinar tratamentos pré e pós-cirúrgicos.
 

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