Quem nunca passou por um período em que estava se alimentando de forma extremamente exagerada, seja pelo término de uma relação amorosa ou por uma situação complicada que estivesse vivendo. Quando esse tipo de comportamento acontece de forma esporádica, ele não é considerado um transtorno; o problema está quando esse tipo de ação vira rotina.
O Transtorno da Compulsão Alimentar é caracterizado pelo consumo de grandes quantidades de alimentos, de forma impulsiva, rápida e em intervalos curtos. Após esse breve momento de descontrole, a pessoa se sente culpada e envergonhada.
VEJA TAMBÉM:
O que são alimentos funcionais?
Os alimentos podem ajudar no processo de cicatrização?
Psicologia da alimentação: a influência de outras pessoas em nossas refeições
Imunonutrição: é possível fortalecer o sistema imunológico por meio da alimentação
A compulsão pode ser uma válvula de escape para os problemas cotidianos da vida e, por isso, a pessoa acaba descontando na comida algumas frustrações e angústias. Nesse caso, esse impulso é muito diferente da fome, que é uma necessidade fisiológica, já que a pessoa que sofre com a compulsão alimentar costuma comer mesmo quando já se sente satisfeita.
A compulsão alimentar pode ser desencadeada por uma série de fatores. É comum, por exemplo, em pessoas que têm obsessão pela imagem corporal ou naquelas que estejam vivenciando momentos de estresse. Pessoas com baixa autoestima são mais propensas a desenvolver esse transtorno e também aquelas que tiveram um trauma emocional não tratado.
É preciso se consultar com um especialista para realizar o diagnóstico do transtorno e, claro, começar o tratamento. A compulsão alimentar pode se manifestar no final da adolescência e começo da fase adulta, e a maioria das pessoas não consegue superar o problema sozinha; é preciso um acompanhamento psicológico e multidisciplinar.
Porém, existem algumas estratégias que podem ajudar a controlar o problema ou a evitar o seu agravamento, como:
• Cultive uma rotina regrada de alimentação, com horários definidos para cada refeição.
• Em hipótese alguma invista em uma dieta restritiva para evitar a compulsão alimentar. Esse não é o caminho para tratar o problema e ainda pode acarretar o aumento dos episódios de compulsão.
• Beba bastante água; esse hábito pode ajudar a amenizar a sensação de vazio que a pessoa com compulsão alimentar costuma sentir. Além disso, é um hábito importantíssimo para a sua saúde.
• Invista em uma dieta rica em fibras, pois isso ajudará a ampliar a sensação de saciedade, a amenizar o desejo de comer o tempo todo e também pode ajudar você a pensar mais racionalmente sobre a quantidade de alimentos que está consumindo.
• Deixe de lado o hábito de encher a despensa da sua casa ou a gaveta do trabalho com aquelas “besteirinhas”. Restringir o acesso a esse tipo de alimento pode ajudar você a controlar os momentos de compulsão. E, claro, sem esse tipo de alimento por perto, você evita cair na tentação e sair comendo desenfreadamente.
• Faça atividade física regularmente e tenha uma noite de sono satisfatória. Esses dois hábitos são importantíssimos para a promoção de bem-estar na vida. Quando não dormimos bem, por exemplo, podemos perceber o aumento da fome e uma diminuição da saciedade, pois é através do sono que nosso corpo controla uma série de hormônios. Já a atividade física promove uma sensação ímpar de bem-estar e prazer, que, muitas vezes, o compulsivo encontra nos alimentos.
É de extrema importância procurar ajuda médica para fazer o diagnóstico do possível problema e, claro, realizar o tratamento. Você pode se apoiar no suporte de profissionais de psicologia e nutrição que vão oferecer o acolhimento necessário para você entender e tratar a compulsão.
Conheça os cursos de Pós-graduação em Psicologia a distância e presenciais da USCS:
Presenciais: https://bit.ly/3000CfD
A distância: https://bit.ly/33kdb7b