Há muitos anos, a ciência tenta comprovar a efetividade de uma medicina que sobrevive há mais de 3.000 anos, demonstrando eficácia surpreendente, em cuja vertente as pessoas estão se apoiando cada dia mais. Atualmente, buscamos um conceito de qualidade de vida por meio de práticas saudáveis, e a Acupuntura, entendida como medicina complementar, introduz-se com uma bagagem surpreendente e fascinante na busca pela prevenção e manutenção da qualidade de vida.
Atualmente, essa medicina deixou de ser empírica e passou a veicular no mais alto patamar das ciências conquistando seu espaço entre os profissionais da área da saúde, através da descoberta neurofisiológica.
A Neurofisiologia revela que por meio da inserção de agulhas há estimulação de fibras sensitivas A, de condução rápida (mielínica), e C, de condução lenta (amielínica), as quais levam os estímulos até o corno posterior da medula e este ascende pelo trato espinotalâmico. As fibras do tipo A, em especial as fibras Ab são responsáveis pela percepção mais fina, e as fibras do tipo C pela condução da dor, em especial do tipo difusa e em queimação.
Duas descobertas independentes, durante a década que se seguiu a 1965, puseram a Acupuntura em destaque. A teoria do controle do portão, descrita por MELZACK e WALL, que proporcionou uma possível estrutura, mostrando que a estimulação somática podia induzir à inibição da dor. E o fundamento na compreensão da analgesia por Acupuntura foi à descoberta de receptores opióides e dos opióides endógenos, estimulando a liberação de endorfinas para o líquido cefalorraquidiano durante tal técnica e seus efeitos analgésicos nas conclusões chinesas.
A principal diferença entre a abordagem científica da Acupuntura Ocidental e da Oriental é o método de diagnóstico e a busca de uma base racional científica para o tratamento. É de suma importância para a Medicina Ocidental a forma como ela tem sido amplamente praticada pelo mundo. Tanto no Ocidente quanto no Oriente, a formulação de um diagnóstico fundamentado na melhor prática comum implica conseguir uma anamnese, um exame palpatório do paciente, colhendo informações necessárias para um diagnóstico diferencial.
A partir de 1970, diversos foram os estudos científicos no sentido de comprovar a eficácia da Acupuntura. Em 1979, a Organização Mundial de Saúde (OMS) editou uma lista com 41 doenças que apresentaram excelentes resultados com o tratamento de Acupuntura. Após vinte e cinco anos de pesquisas, em renomadas instituições do mundo, a OMS publicou o documento Acupuncture: review and analysis of reports on controlled clinical trials, no qual expõe os resultados dessas pesquisas.
Nesse documento foi analisada a eficácia da Acupuntura – assim também das técnicas de moxabustão, ventosa, sangria, eletroacupuntura, laser-acupuntura, magnetoacupuntura, massagem shiatsu / tuina e acupressura (pressão digital nos pontos) – em comparação com o tratamento convencional para 147 doenças, sintomas e condições de saúde.