Durante a gravidez um hormônio chamado relaxina é liberado fazendo com que os músculos do assoalho pélvico sejam naturalmente alongados para favorecer a passagem do bebê. Apesar disso, em determinadas condições, os músculos do assoalho pélvico podem sofrer traumas durante o parto, resultantes de lacerações perineais espontâneas ou de episiotomia (corte realizado na vagina para ajudar a saída do bebê).
As consequências mais comentadas a respeito do parto vaginal são a incontinência urinária e disfunção sexual, porém esses conceitos vêm sendo desmistificados. Com a atuação de um fisioterapeuta especializado é possível preparar os músculos do assoalho pélvico para o parto na tentativa de evitar traumas perineais e, na ocorrência destes ou de disfunções do assoalho pélvico, reabilitar a musculatura.
Os recursos fisioterapêuticos mais utilizados durante a gestação no preparo do assoalho pélvico são a massagem perineal, o treinamento dos músculos do assoalho pélvico e o Epi – No. Antes de iniciar o tratamento, a gestante terá que fazer uma avaliação detalhada na qual o fisioterapeuta irá investigar se há alterações osteomusculares, queixas de dor ortopédica e alterações nos músculos do assoalho pélvico, e a partir daí será traçado o plano de tratamento. No treinamento dos músculos do assoalho pélvico, a gestante realiza exercícios de contração e relaxamento do assoalho pélvico que é indicado de acordo com a avaliação da função muscular perineal realizada previamente. Esse treinamento pode ser feito em diversas posições e até associado com alguns movimentos. A massagem perineal e o Epi – No são utilizados a partir da 32-35 semanas de gestação. Ambos são utilizados com o objetivo de alongar a musculatura perineal para facilitar a saída do bebê sem causar muitos danos na musculatura. O Epi – No é um balão de silicone que é introduzido na vagina e vai sendo inflado lentamente simulando a cabeça do bebê, e é retirado da vagina inflado.