Quem não fica com receio na hora de adoçar o cafezinho com adoçante depois de tanta polêmica associada ao produto? Em uma semana, é seu grande aliado na luta para perder alguns quilinhos. Na outra, é apontado como colaborador para o aumento do peso e até relacionado a doenças como o câncer.
Fica difícil assimilar o que é verdade ou mito a respeito do produto.
O consumo de adoçantes dietéticos, que inicialmente foi desenvolvido visando os diabéticos, passou então a ser muito consumido pela população em geral.
“Não queremos dar nenhuma recomendação sobre o uso ou não dos adoçantes. Mas o consumo massivo dessas substâncias precisa ser debatido, porque, em nossos estudos, não observamos nenhum efeito benéfico”, afirmou Eran Segal, pesquisador do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, e um dos coordenadores do trabalho sobre adoçantes.
Os testes foram feitos em ratos e em pessoas que consumiam regularmente sucralose, aspartame ou sacarina (substâncias utilizadas em adoçantes artificiais com capacidade adoçante), os três tipos mais comuns.
Essas substâncias não são processadas no estômago, elas seguem direto para o intestino, onde, de acordo com o estudo, podem causar um desequilíbrio na nossa flora intestinal.
Algumas bactérias se multiplicam mais do que outras. Essa mudança provoca um aumento de hormônios que atrapalham a ação da insulina, que é justamente a de captar a glicose e manter os níveis de açúcar no sangue sob controle.
É no cafezinho, no refrigerante light e zero, no suco, no doce diet, que ao longo do dia, vai ser difícil saber o quanto de adoçante você consumiu. E esse é o alerta dessa nova pesquisa. Para que os efeitos desse uso não prejudiquem, em vez de ajudar no controle do peso, talvez seja melhor fazer algumas escolhas.
O órgão que regulamenta a alimentação e os medicamentos nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA) recomenda que o consumo diário de adoçantes dietéticos seja de quatro a seis pacotinhos de um grama, quando em pó, e de 9 a 10 gotas para os líquidos, o que a população tem ultrapassado utilizando 10x mais da quantidade sugerida por dia.
Então a questão do perigo citada é o exagero no consumo do adoçante, tudo em grande quantidade faz mal, por isso tem de ser equilibrado em seu uso para que não prejudique sua saúde.
Óbvio para os usuários do produto as calorias são menores que de uma pessoa que consome açúcar, mas não substitui a energia equivalente da gerada propriamente pelo açúcar.
Veja a equivalência:
- 1 colher de café de açúcar = 40 calorias
- 1 envelope ou poucas gotas de adoçantes = 4 calorias
Os adoçantes naturais são a estévia, extraída de uma planta, e a frutose, obtida das frutas e do mel.
Já os artificiais são a sacarina e o ciclamato, extraídos do petróleo.
Recaem sobre esses a suspeita de provocar câncer.
“Podemos usar açúcares saudáveis e não o adoçante”. Como por exemplo, açúcares saudáveis, como o mascavo e o demerara, têm mais nutrientes e não fazem mal a saúde.