A busca pela preservação e pela igualdade de direitos vai ganhar força por meio de um aplicativo desenvolvido para monitorar mensagens ofensivas e preconceituosas na internet.

O aplicativo buscará palavras-chave em conversas virtuais que estimulem a violência sexual contra mulheres, o racismo e a discriminação contra negros, índios, imigrantes, gays, lésbicas, transexuais e travestis.

O racismo é crime no Brasil e quem o pratica pode pegar de um a três anos de reclusão, além de pagamento de multa. A lei pune quem pratica, induz ou incita a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

A ferramenta foi desenvolvida pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a pedido do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, e será lançada ainda neste mês. Entretanto, é importante que as pessoas continuem colaborando por meio de denúncias ao se depararem com crimes raciais na internet. Existem sites específicos nos quais é possível fazer a denúncia de forma anônima, como o Safernet, por exemplo, ou, ainda, o Canal do Cidadão do MPF, em que o usuário pode se identificar, se preferir. O Disque 100 também recebe esse tipo de denúncia. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer lugar do Brasil e em qualquer horário. As demandas são encaminhadas às autoridades competentes.

Algumas orientações são importantes com relação à denúncia de crimes virtuais:

1) Guardar todas as provas e indícios possíveis.

2) Tirar fotos das denúncias (print screen) e imprimir o material.

3) Registrar as denúncias com o maior número de detalhes possíveis.

4) Não compartilhar ou replicar comentários ofensivos ou que incitem ao crime.

5) Criar uma rede de proteção às crianças vítimas, não permitindo que fiquem expostas aos comentários ofensivos nas redes sociais.