Poucas pessoas sabem que o protetor solar também traz riscos à saúde por penetrar na pele e atingir a corrente sanguínea. Até mesmo pesquisadores e cientistas afirmam ainda não conhecer exatamente quais riscos à saúde o protetor solar pode trazer, assinala a pesquisadora Jessica Tucker, do Instituto Nacional de Imagem Biomédica e Bioengenharia dos Estados Unidos. "Todos sabemos dos benefícios do protetor solar, mas as potenciais toxicidades devido à penetração no organismo e a criação de agentes capazes de danificar o DNA não são bem conhecidas."
Através de pesquisas de nanotecnologia financiadas pelo referido instituto, cientistas da Universidade Yale conseguiram desenvolver um protetor solar que bloqueia os raios ultravioleta e não penetra na corrente sanguínea, de modo que não oferece riscos à saúde. Para desenvolver o protetor, os cientistas teriam que criar um produto que fosse maior que os poros da pele, e a solução encontrada foi encapsular um protetor comum, o padimato O, dentro de nanopartículas bioadesivas (estrutura comumente usada para transportar medicamentos para o organismo).
O produto foi testado na pele de porcos e mostrou resultados positivos além dos esperados, pois é resistente à água, tendo permanecido na superfície da pele dos animais por 24 horas ou mais. Em camundongos o resultado não foi muito diferente, pois as nanopartículas bloquearam os raios UV e mostraram capacidade de proteção similar à dos protetores aplicados diretamente na pele.