Todos os anos, enormes quantidades de lixo são descartadas nos oceanos, principalmente plástico. Para se ter uma ideia, os oceanos recebem anualmente 8 milhões de toneladas de plástico, e 20 países são responsáveis por 83% dessa quantidade, sendo a China apontada no topo da lista.
Com essa quantidade de lixo seria possível cobrir toda a área da ilha de Manhattan, em Nova York, 34 vezes com uma camada que chegaria até os joelhos de uma pessoa.
De acordo com a nova descoberta da Universidade de Stanford, na Califórnia, uma solução biológica pode resolver o problema. A pequena larva de besouro conhecida como bicho-da-farinha (Tenebrio molitor) consegue se alimentar de isopor (ou poliestireno expandido), um plástico não biodegradável, transformando metade do isopor que consome em dióxido de carbono, que é essencial à vida do planeta, pois é um dos compostos químicos da fotossíntese. A outra metade do que a larva consome é transformada em excrementos como fragmentos decompostos.
As larvas conseguem decompor o plástico em razão de bactérias presentes em seu aparelho digestivo. Cientistas estão buscando uma maneira de extrair essas bactérias e utilizá-las diretamente para diluir o plástico. O estudo foi publicado na revista Environmental Science and Technology e teve colaboração de especialistas chineses.