Estudo realizado pelas universidades de Aarhus e de Copenhague, na Dinamarca, mediu a qualidade de sono de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). O resultado comprovou o que muitos pais já percebem no dia a dia, que as crianças têm muita dificuldade para adormecer e seu sono é de qualidade muito baixa se comparado às crianças que não possuem o transtorno.
A pesquisa acompanhou 76 crianças com 9,5 anos de idade, em média, e um grupo-controle com 25 crianças sem o transtorno. Elas foram submetidas a dois tipos de exame: de polissonografia, para verificar a qualidade do sono, e de latência, para analisar quanto tempo demoravam para adormecer.
Os estudos confirmaram que as crianças diagnosticadas com o transtorno dormiam em média 45 minutos a menos em relação às outras crianças, além de não terem o sono muito profundo. A cada três crianças com TDAH, duas possuem também outros transtornos que foram considerados ao analisar os resultados para identificar a real qualidade do sono delas.
Os pesquisadores analisaram também padrões de sono dos participantes durante as sonecas à tarde, e foram surpreendidos com os resultados, pois nesse período de sono as crianças com TDAH dormiam mais rápido que as outras, o que sugere, para os pesquisadores, que a hiperatividade pode ser um mecanismo compensatório por não poder cochilar durante o dia.
Assim, esse estudo publicado no Journal of Sleep Research pode, no futuro, resultar em tratamentos ou abordagens mais eficazes para as crianças que sofrem com TDAH.