Em tempos de tablets e lousa digital, as escolas vivem um novo desafio: capacitar professores, pais e alunos para o uso das novas tecnologias como ferramenta para a construção de conhecimentos. Não é uma tarefa fácil, pois os cenários que se configuram atualmente em nossa sociedade são muito diferentes daqueles vividos por pais e professores, considerados imigrantes em nossa sociedade imersa nas tecnologias digitais. Orientar os alunos para as possibilidades do uso do computador para além dos contatos sociais e das atividades vinculadas ao lazer faz parte dos desafios da escola.
Algumas pesquisas realizadas sobre o uso das TICs demonstram sua importante influência em transformações ocorridas nas formas de aprender, nas formas de se relacionar, nas formas de construir significado e valores. Porém, essas mesmas pesquisas alertam que nem sempre essas transformações apresentam resultados positivos... Isso pode ser justificado pelo fato de que, apesar de as pessoas que vivem em um mundo rodeado pelas novas tecnologias terem um enorme acesso às informações, esse fato não garante que essas pessoas disponham de habilidades ou saberes necessários para converter essas informações em conhecimento e, principalmente, que consigam se posicionar de forma ética frente a diferentes demandas.
Comunicar-se com os pares sempre se configurou como uma necessidade fundamental para que o conhecimento pudesse ser transmitido a outras gerações. O fogo não precisou ser “descoberto” ou “reinventado” a cada geração, uma vez que as técnicas para obtê-lo foram transmitidas entre as pessoas e, consequentemente, aprimoradas. Na era das TICs, a comunicação atinge outro patamar. Não cabe mais se contentar com a comunicação com o colega ao lado, ou da sala ao lado. A comunicação envolve estudantes de escolas diferentes, que podem habitar cidades diferentes, em países diferentes. A comunicação envolve a troca de informação entre professores que vivenciam contextos semelhantes ou muito diferentes e, assim, por meio da reflexão decorrente da troca de informações, há um aprimoramento da ação docente. A premissa de que conhecimento é para ser socializado atinge níveis não pensados antes. Por outro lado, a busca pelo registro de patentes cresce de forma diretamente proporcional, pois algo escrito ou criado hoje pode, em pouco tempo, fazer parte do repertório de outra pessoa.
Dessa forma, a escola se depara com seu maior desafio: educar para a ética nas relações pessoais e virtuais, para a ética no uso e compartilhamento de informações, para a ética no uso e exploração das TICs. Educadores envolvidos com essas questões fazem parte, certamente, do grupo de profissionais que poderá fazer diferença no novo paradigma educacional do nosso século!
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