O fenômeno climático El Niño, que causa alterações na temperatura das águas do oceano Pacífico, além de redução dos ventos alísios, deixando um calor excessivo por onde passa, vai novamente atingir o Brasil com intensidade alta em 2016.
Segundo um relatório publicado pelo serviço meteorológico britânico (Met Office), o El Niño, que é associado ao aquecimento global, deixará o ano de 2015 como um dos mais intensos da história. O fenômeno pode provocar condições mais secas em alguns países asiáticos, bem como na Austrália.
A Califórnia pode ser parcialmente beneficiada por esse fenômeno, já que, em razão da sua ocorrência, está prevista uma enorme quantidade de chuvas, e há quatro anos a região está passando por uma forte seca.
O Met Office também prevê que o atual esfriamento observado no oceano Atlântico pode provocar verões mais secos e menos intensos no norte europeu. Esse efeito será contrabalanceado pela tendência geral de aquecimento.
Para o professor do Centro Nacional de Ciências Atmosféricas do Reino Unido, Rowan Sutton, o aquecimento global voltará a se acelerar após uma década de relativa estabilidade. Isso divide opiniões entre os “climacéticos” (aqueles que negam a responsabilidade do ser humano no aquecimento global e criticam os modelos científicos para explicar mudanças climáticas) e os que acreditam nas previsões cientificas.