A síndrome do pânico é caracterizada por um transtorno de ansiedade em que a pessoa passa por uma forte crise de medo, associada a manifestações físicas como falta de ar, taquicardia, náuseas, desmaio, pernas bambas, suor frio e tontura, entre outros sintomas. Essas manifestações ocorrem num momento em que a pessoa tem a forte sensação de ter chegado ao seu limite ou sente-se incapaz de dominar uma situação em que está inserida.
Essas crises podem durar até meia hora, com picos entre 5 e 10 minutos, e são três vezes mais frequentes em mulheres. Num episódio típico de síndrome do pânico, sinais de alerta são enviados da região central do cérebro para o corpo da pessoa, com a mensagem para ela lutar ou fugir naquela situação de desafio. Esse processo libera adrenalina, que acelera os batimentos cardíacos, fazendo o sangue chegar mais rápido aos músculos. A respiração se acelera, de modo que o organismo recebe mais oxigênio, fazendo a pessoa ficar mais ágil. A glândula suprarrenal é acionada, liberando o hormônio cortizol, que aumenta a produção de anticorpos e glóbulos brancos, reforçando o sistema de defesa.
De modo geral, após as crises, a pessoa sente forte exaustão e sonolência, por causa da grande quantidade de energia gasta no exercício físico e mental realizado durante a brusca mudança no metabolismo gerada pela crise. Muitas pessoas chegam a achar que estão enfartando ou que vão morrer devido à grande pressão arterial, mas, de acordo com o cardiologista Roberto Kalil, o risco cardíaco é mínimo se o paciente for diagnosticado corretamente.
Kalil explica que, quando o músculo cardíaco bate mais de 100 vezes por minuto, ocorre a taquicardia. Se for abaixo desse nível, chama-se bradicardia. “Um coração acelerado constantemente pode ser sinal de várias doenças, como hipertireoidismo, diabetes, febres infecciosas, fibrilação atrial (o coração se desregula e bate como um telégrafo), insuficiência cardíaca e arritmias”.
É importante sempre consultar um cardiologista ou psiquiatra se as crises são muito frequentes ou agudas, porém é importante compreender que ter um ataque de pânico não caracteriza a síndrome.
Caso esteja passando por uma crise ou observar que alguém próximo esteja passando por isso, é importante manter a calma, respirar devagar ou tranquilizar a pessoa em crise.