No mês de agosto deste ano, mesmo em meio à forte crise no mercado de trabalho, houve um aumento ligeiramente expressivo no setor. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), das 27 unidades federativas, nove registraram aumento no número de vagas de trabalho ocupadas. No mês de julho foram apenas três.

Dos nove estados com bons resultados, três se destacaram: Paraíba (com a geração de 4.293 novos postos), Alagoas (com 2.505) e Acre (com 1.179, saldo recorde para o mês). Os demais estados que apresentaram aumento nas vagas de trabalho foram: Maranhão (947), Ceará (871), Sergipe (722), Piauí (613), Tocantins (154) e Roraima (117). 

Infelizmente, porém, houve estados que apresentaram diminuição de postos de trabalho: em primeiro lugar, Minas Gerais (-23.849 postos); em segundo lugar, São Paulo (-16.992 postos); e, em terceiro lugar, Rio Grande do Sul (-12.737 postos). São Paulo e Rio Grande do Sul, contudo, reduziram o ritmo das demissões em comparação ao mês de julho, quando apresentaram, respectivamente, deficit de 38.109 e 17.818 postos. 

Em agosto, apenas a região Nordeste registrou aumento no número de vagas com carteira assinada (+893 postos). Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, prevaleceu o ritmo de desaceleração.

No Sudeste, em julho, a variação negativa chegou a -0,37%; em agosto, porém, ficou em -0,25%. No Sul, a melhora foi importante: de -0,6% para -0,38%; e, no Centro-Oeste, de 0,18% para 0,09%. No Norte, a diminuição das vagas de emprego permaneceu praticamente estável: -0,11% em julho e -0,12% em agosto.