Gestantes deficientes visuais podem acompanhar melhor seu pré-natal e ter a sensação de conhecer as características de seus bebês por meio de réplicas do feto em tamanho real. As imagens produzidas nos exames de ultrassonografia e ressonância magnética são tratadas em um software de pós-processamento de imagens e podem ser impressas em 3D, dando à mãe a possibilidade de sentir o feto e seus aspectos exatamente como ele está na barriga.
Segundo Heron Werner, médico especialista em medicina fetal que idealizou o projeto, o ultrassom é capaz de capturar imagens do feto todo até 17 semanas de gestação. Após esse período, em razão do crescimento do feto, é focado mais o rosto. Para a impressão do corpo todo do bebê, a gestante deve fazer uma ressonância magnética, que geralmente é um exame realizado quando há alguma dúvida ou dificuldade no ultrassom. Como a ideia é sempre reproduzir uma imagem do feto tal qual mostrado no exame, pode acontecer de algumas partes do corpo ficarem de fora na impressão, pois o feto pode estar encostado na placenta ou com o cordão umbilical enrolado.
O projeto surgiu em 2007 com o objetivo de fornecer modelos para estudos patológicos em universidades, e foi desenvolvido no Instituto Nacional de Tecnologia, órgão ligado ao governo. As primeiras impressões 3D eram feitas com base em tomografia, depois se passou a utilizar estudos de ressonância e, em 2009, exames de ultrassom.