A ginástica artística é um esporte que acima de tudo exige de seus atletas músculos bem desenvolvidos pelo corpo como um todo, essencialmente na parte superior que sustentará o peso do próprio atleta durante a prática. Mesmo assim em algumas modalidades se o atleta tiver músculos em excesso isso pode acabar se tornando um empecilho.
É o caso do Sul Caetanense, ex-aluno do curso de Educação Física da USCS e atual medalha de prata brasileira, Arthur Zanetti. O atleta é especialista nas argolas, e isso exige do atleta braços, costas e abdome fortes para fazer as acrobacias, perfil que lhe corresponde perfeitamente para sustentar o próprio peso de 63 kg no ar. No entanto, ele também disputa salto sobre o cavalo e solo, no qual é muito importante o uso das pernas e é nisso em que se manifesta um desafio para ele.
"A perna muito forte, para ele, não ajuda em nada nas argolas. Ele precisa treinar mais para conseguir sustentar melhor o peso delas", diz o técnico Marcos Goto.
Solucionar essa equação é um desafio também para os treinadores, pois criar um atleta que mostre um desempenho perfeito em todas as modalidades é seja especialista em tudo é bem complicado.
Como parte do treinamento, os atletas têm trabalhos específicos de musculação para cada tipo de aparelho. Alguns deles, inclusive com execução de movimentos com auxílio/resistência de uma borracha, que auxiliam no aprendizado da coordenação intramuscular. Geralmente os treinos duram o dia todo ou meio período.
Fazem parte do treinamento também sessões de fisioterapia e massagem que auxiliam na recuperação dos músculos, pois as fraturas mais comuns são ocasionadas por estresse e torções.
A alimentação deve ser totalmente regulada e prescrita, de modo que é necessário quase sempre perder peso, pois quanto mais leve menor o índice de lesões do atleta