O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) fez um levantamento sobre a fluoretação das águas em mais de 11 mil amostras de água de 645 cidades do Estado de São Paulo (98% dos Municípios).
É a primeira fez que se faz esse tipo de pesquisa no mundo em uma população tão grande, de 45 milhões de habitantes. O estudo teve a participação do Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (Cecol-USP) e do Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp (FOP-Unicamp).
O nível de flúor na água recomendado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo fica entre 0,6 e 0,8 ppm (partes por milhão). Segundo esse critério, a pesquisa identificou que 14,5% das amostras têm menos flúor do que o recomendado e 14%, um nível maior.
O nível adequado de flúor pode prevenir a cárie nos dentes, já os níveis mais altos podem causar fluorose dentária (manchas esbranquiçadas nos dentes).
O estudo mostrou ainda que, em termos do risco de provocar fluorose dentária, 11,9% das amostras de água foram classificadas como risco moderado, 1,8% como risco alto e 1,1% como risco altíssimo.