A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina ao fazer esforços abdominais como rir ou espirrar, realizar trabalhos domésticos ou durante atividade física na academia, em lugares públicos ou mesmo no trabalho. Essa doença pode mexer muito com a autoestima da pessoa acometida, pois pode levá-la a situações de constrangimento social, mau cheiro e afins, dificultando as relações sociais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a doença atingirá 50% das mulheres em algum momento da vida. O problema já atinge cerca de 10 milhões de brasileiros de todas as idades, sendo duas vezes mais comum entre o sexo feminino.
De acordo com o urologista Dr. Júlio José Geminiani, da Clínica Unix, a causa apontada para a incontinência em mulheres é o mau funcionamento do chamado esfíncter urinário, mecanismo responsável por controlar a saída de urina.
Entre os principais fatores de risco para a doença estão: idade, obesidade, gestação prévia e menopausa, pois essas condições enfraquecem a musculatura do assoalho pélvico, facilitando o escape de urina durante os esforços, o que contribui para o começo da doença.
Existem vários tipos de incontinência, de modo que é necessário sempre procurar um médico, que fará uma avaliação detalhada sobre a doença e sua causa, e indicará o tratamento mais adequado para cada paciente.
O tratamento inicial inclui fisioterapia do assoalho pélvico, com exercícios que ajudam a fortalecer a musculatura da região pélvica, auxiliando o esfíncter urinário a restabelecer seu tônus, contendo o escape de urina.
O médico deve avaliar a evolução do quadro e, caso a pessoa não apresente melhora, é possível que seja necessária uma intervenção cirúrgica. A cirurgia corrige todos os prolapsos dos órgãos genitais e possibilita a sustentação da região da uretra onde atua a musculatura esfincteriana.