O índice de casamentos cresceu 5,1% entre os anos de 2013 e 2014, em que foram registradas 1.106.440 uniões. Em números absolutos, em 2014 o país registrou 53.993 cerimônias a mais que em 2013.
Apesar do aumento apontado, dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, ao longo dos anos, o número de casamentos por mil habitantes teve diminuição expressiva. Nos anos 1970 eram realizados em torno de 13 casamentos por mil habitantes na faixa de idade de 15 anos ou mais. Nos anos 1980 essas taxas de nupcialidade ficaram em torno de 11 casamentos por mil habitantes. Nos anos 1990 foi registrada a mais baixa taxa de nupcialidade: apenas 7,96 para cada grupo de mil habitantes.
A pesquisa também apontou que nos últimos 40 anos houve uma diminuição significante de casamentos nas faixas etárias de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, mostrando uma tendência de casamento em idades mais amadurecidas. Entre as mulheres de 20 a 24 anos, a taxa passou de 61,6 por mil habitantes, em 1974, para 30,01 por mil, em 2014.
Entretanto, a partir de 1994, a faixa etária de pessoas de 30 a 49 anos apresentou um grande incremento na taxa de nupcialidade. A taxa chegou a mais que o dobro nos últimos 20 anos entre grupos na faixa de idade de 30 a 34 anos (9,11 por mil, em 1994, para 21,40 por mil, em 2014). De acordo com a pesquisa, o adiamento do casamento para idades mais avançadas pode ser decorrente do maior tempo dedicado aos estudos, bem como da busca de inserção no mercado de trabalho com salários melhores, especialmente entre as pessoas mais jovens, que buscam melhores oportunidades.