A violência doméstica não é mais um assunto restrito a quatro paredes. O direito da mulher a uma vida digna e sem violência tem se expandido além dos códigos do Direito Penal, e cada vez mais brasileiros não estão fechando os olhos para esse crime.
Segundo dados do Ligue 180, o perfil de quem denuncia a violência tem mudado, demonstrando que a sociedade está reagindo a essa violência de forma positiva através de conscientização e denúncias. Houve um crescimento no número de vizinhos, amigos e parentes de vítimas que ligam para denunciar a violência sofrida pelas mulheres, porém os dados também revelam que diminuiu o número de denúncias feitas pela própria vitima.
Em março de 2015, o Ligue 180, que antes apenas registrava a denúncia, passou a ser um disque-denúncia, permitindo que as ligações sigam direto para o órgão de segurança do município onde a violência é registrada e se transformem em boletim de ocorrência.
O conhecimento da lei é também um fator relevante para o aumento das denúncias e afastamento do agressor. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), que avaliou a efetividade da lei Maria da Penha, mais de 95% dos entrevistados relataram já ter ouvido falar nessa lei e quase 80% afirmaram acreditar que a lei pode diminuir ou coibir o número de vitimas da violência doméstica.
O Ligue 180 funciona inclusive em outros 16 países. Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Central de Atendimento à Mulher tem parceria com o Ministério das Relações Exteriores, com as polícias federais e com a Interpol, o que possibilita à vítima ser socorrida e amparada no país onde estiver.
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